Manuel Luís Capelas
Universidade Católica Portuguesa, Instituto de Ciências da Saúde, Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde (CIIS), Observatório Português dos Cuidados Paliativos (OPCP), Portugal
Paula Sapeta
Instituto Politécnico de Castelo Branco, Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, Universidade Católica Portuguesa, Instituto de Ciências da Saúde, Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde (CIIS), Observatório Português dos Cuidados Paliativos (OPCP), Portugal
Ana Mamede
Centro Hospitalar Barreiro Montijo, Universidade Católica Portuguesa, Instituto de Ciências da Saúde, Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde (CIIS), Observatório Português dos Cuidados Paliativos (OPCP), Portugal
Marta Jorge
Habicuidados- Serviço de Apoio de Domiciliário, Universidade Católica Portuguesa, Instituto de Ciências da Saúde, Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde (CIIS), Observatório Português dos Cuidados Paliativos (OPCP), Portugal
Marta Oliveira
Hospital de Santarém, Universidade Católica Portuguesa, Instituto de Ciências da Saúde, Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde (CIIS), Observatório Português dos Cuidados Paliativos (OPCP), Portugal
Cátia Pereira
Hospital de Cascais Dr. José de Almeida, Serviço de Medicina Interna e EIHSCP, Portugal;Universidade Católica Portuguesa, Instituto de Ciências da Saúde, Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde (CIIS), Observatório Português dos Cuidados Paliativos (OPCP), Portugal
Nuno Simões
Centro Hospitalar Barreiro Montijo, EPE, Núcleo de Formação e Investigação em Enfermagem,Universidade Católica Portuguesa, Instituto de Ciências da Saúde, Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde (CIIS), Observatório Português dos Cuidados Paliativos (OPCP), Portugal
Vilma Passos
SESARAM, E.P.E. - Serviço Regional de Saúde de Saúde da Região Autónoma da Madeira, Rede Regional de Cuidados Paliativos da Região Autónoma da Madeira, Serviço de Cuidados Paliativos, Universidade Católica Portuguesa, Instituto de Ciências da Saúde, Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde (CIIS), Observatório Português dos Cuidados Paliativos (OPCP), Portugal
Ana Paula Macedo
Universidade do Minho, Escola Superior de Enfermagem, Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), Portugal
Clara Maria Mendes
Universidade do Minho, Escola Superior de Enfermagem, Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), Portugal
Ermelinda Macedo
Universidade do Minho, Escola Superior de Enfermagem, Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), Portugal
João Carlos Macedo
Universidade do Minho, Escola Superior de Enfermagem, Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), Portugal
Maria Filomena Gomes
Universidade do Minho, Escola Superior de Enfermagem, Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), Portugal
Maria Goreti Mendes
Universidade do Minho, Escola Superior de Enfermagem, Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), Portugal
Paula Cristina Encarnação
Universidade do Minho, Escola Superior de Enfermagem, Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), Portugal
Sandra Batista
Unidade Local de Saúde Castelo Branco E.P.E., Instituto Politécnico de Castelo Branco, Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, Universidade Católica Portuguesa, Instituto de Ciências da Saúde, Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde (CIIS), Observatório Português dos Cuidados Paliativos (OPCP), Portugal
Simão Pedro Vilaça
Universidade do Minho, Escola Superior de Enfermagem, Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), Portugal
Sílvia Patrícia Coelho
Universidade Católica Portuguesa, Instituto de Ciências da Saúde, Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde (CIIS), Observatório Português dos Cuidados Paliativos (OPCP), Portugal
Resumo
Introdução: A identificação e referenciação precoce dos doentes com necessidades paliativas é fundamental para que em tempo útil possam usufruir da efetividade da intervenção precoce de cuidados paliativos. Referenciar para cuidados Paliativos é um importante, crescente e complexo desafio e processo para a prática dos profissionais de saúde, nomeadamente para os médicos. A falta de informação e formação podem impedir a proatividade no processo de referenciação precoce. Atualmente, existem já alguns instrumentos multidimensionais que ajudam a identificar a população com necessidades paliativas. A pergunta surpresa, validada para Portugal, “Ficaria surpreendido se este doente morresse durante o próximo ano?” é uma ferramenta importante, útil e fiável para esta identificação. Objetivo: determinar a prevalência de doentes adultos com necessidades paliativas internados em hospitais públicos. Como objetivos secundários, determinar o número de doentes referenciados para cuidados paliativos e identificar os motivos de não referenciação destes doentes. Materiais e Métodos: Estudo analítico, observacional e transversal, realizado no primeiro trimestre de 2015 em 11 hospitais do SNS. O instrumento de colheita de dados consistiu num questionário com caracterização demográfica e clinica, a pergunta surpresa relativa a 1 ano, 6 e 1 mês e, 15 dias, e 19 possíveis motivos para não referenciação dos doentes. Os dados recolhidos forma analisados com recurso à estatística descritiva e analítica, considerando-se significância estatística se p<0.05. Resultados: De um total de 1273 doentes, 51.4% eram doentes com necessidades paliativas, a maioria proveniente dos serviços de oncologia (79.3%) e medicina (62.3%), e maioritariamente com doença oncológica (67.2%). Apenas estavam referenciados 6.8 a 9.9% dos doentes, maioritariamente oncológicos (15.1%) ou com 15 ou menos dias de vida (9.8%). Os cinco principais motivos para não referenciação foram: ainda estar a fazer tratamento ativo (61.5%), “ainda se poder fazer alguma coisa do ponto de vista curativo” (40.9%), o doente estar controlado a nível sintomático (33.2%), ainda não estar a morrer (27.6%) e os cuidados paliativos não serem uma mais-valia para o doente (15.4%). Conclusão: Elevada prevalência de doentes e baixa taxa de referenciação. É necessária e imperiosa a formação e capacitação dos profissionais de saúde para uma adequada identificação e referenciação e tempo útil dos doentes com necessidades paliativas.