Hibridação e aventura humana

Main Article Content

Roberto Carneiro

Resumo

No presente artigo retomo e desenvolvo um anterior artigo sobre hibridação cultural. Começo por relacionar globalização e cultura, evidenciando como a convivência intensa de matrizes culturais pode levar a uma essencialização de identidades ou, ao invés, ao aprofundamento de interculturalidades híbridas. De seguida, argumento com a “planura” do mundo para vencer as concepções hegemónicas de cultura e gerar uma arquitectura nova de sociedade em rede, feita de espaços públicos e comunicacionais. Neste quadro, advogo para Portugal uma dupla hibridação, a de recuperação e a de antecipação. Refiro depois a grande oportunidade de aprofundamento dos 3+1 capitais a partir de uma gestão inteligente e humana dos novos fenómenos migratórios, para concluir citando o papel da aventura humana, na miscigenação e no policromatismo, em ordem à criação de sentido.

Palavras-chave: Globalização cultural, Hibridação, Identidade, Interculturalidade, Migrações, Sentido

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

A Situação Social na União Europeia (2002), Eurostat/Comissão Europeia.

Andresen, Sophia de Mello B. (1991), Obra Poética II, Lisboa: Caminho, p. 85.

Appadurai, A. (2001), «The New Territories of Culture: globalization, cultural uncertainty and violence», in Bindé, J. (ed.), Keys to the 21st Century, Paris e Nova Iorque: UNESCO e Berghahn Books, pp. 136-138.

Bruner, J. (1990), Acts of Meaning, Cambridge, Massachussets: Harvard University Press.

Canclini, N. G. (1997), «El malestar en los estudios culturales», Fractal N.º 6, julio-septiembre, 1997, año 2, volumen II, pp. 45-60.

Canclini, N. G. (2001), «Towards Hybrid Cultures?», in Bindé, J. (ed.), Keys to the 21st Century, Paris e Nova Iorque: UNESCO e Berghahn Books, pp. 139-144.

Canclini, N. G. (2005), «Todos tienen cultura: Quiénes pueden desarrollarla?», Conferencia para el Seminario sobre Cultura y Desarrollo, Washington: Banco Interamericano de Desarrollo, 24 febrero de 2005 (www.iadb.org/biz/ppt/0202405canclini.pdf).

Carneiro, R. (2000a), «Indústria de Conteúdos Culturais, Valores e Identidade – um breve ensaio seminal», in Carneiro et al., Indústria de Conteúdos Culturais em Portugal, Lisboa: Grupo Forum/Ministério da Economia.

Carneiro, R. (2000b), 20 Anos para Vencer 20 Décadas de Atraso Educativo, Lisboa: DAPP/ME.

Carneiro, R. (2001), Fundamentos da Educação e da Aprendizagem, Vila Nova de Gaia: Fundação Manuel Leão.

Carneiro, R. (2003), «Do sentido e da aprendizagem. A descoberta do tesouro», Revista Portuguesa de Investigação Educacional, 2/2003, pp. 108-123.

Carneiro, R. (2005), Informação, Conhecimento e Pessoas, Lisboa: CGD – Caixa em Revista.

Friedman, T. L. (2005), The World is Flat: a brief history of the twenty-first century, Nova Iorque: Farrar, Straus and Giroux.

Huntington, S. P. (1998), The Clash of Civilizations and the Remaking of World Order, Londres: Touchstone Books.

King, M. L. (1963), I Have a Dream (http://web66.coled.umn.edu/new/MLK/MLK.html).

Landes, D. (1999), A Pobreza e a Riqueza das Nações, Lisboa: Gradiva.

Layard, R. (2005), Happiness, Nova Iorque: The Penguin Press.

Lévi-Strauss, C. (1996), in J. Pérez de Cuéllar et al. (1996), Notre Diversité Créatrice, Paris: UNESCO.

Marques, R. (2005), Uma Mesa com Lugar para Todos – para uma visão humanista da imigração, Lisboa: Instituto Padre António Vieira.

Martins, O. (1972), História de Portugal, Lisboa: Guimarães & Ca., 16.ª ed. (1879, 1.ª ed.).

Sadie, S. (ed.) (1980), The New Grove Dictionary of Music and Musicians, Vol. 4, Londres: Macmillan Publishers Limited, Grove.

Schor, J. (1999), The Overspent American: Upscaling, Downshifting and the New Consumer, Nova Iorque: HarperCollins.