Para uma semiótica do terror (branco): em torno de O Terrorista de John Updike

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José Augusto Mourão

Resumo

Este artigo analisa o romance de John Updike O Terrorista, na sua versão portuguesa, do ponto de vista estritamente semiótico. Chama-se a atenção para a estrutura narrativa da obra, que revela simultaneamente a sua estratégia e o sistema de valores em que assenta. O Terrorista é, ao fim e ao cabo, uma narrativa deceptiva, isto é, uma narrativa sem resolução. De facto, o seu grande mérito está na discussão da questão do terrorismo sem a resolver. Como compete, de resto, à Literatura.

Palavras-chave: Bem, Mal, Narrativa, Semiótica, Singularidade, Terror, Jihad

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Referências

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