Freedom and torture: the new architecture of domination and refusal. The aesthetics of refusal and architectural atavism

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Erika Biddle

Resumo

Desde 1963 que os artistas Shusaku Arakawa e Madeline Gins têm procurado conceber um corpo tornado imortal através da redefinição da experiência habitual da arquitetura. O seu projeto para «reverter o destino» implica uma recomposição afetiva das formas sociais através de exercícios cognitivos, sensitivos, percetuais e de treino propriocetivo, associando o corpo e a arquitetura, e tem conquistado elogios da parte de artistas, críticos e teóricos atraídos pela sua ambição de transformar os hábitos que retiram a vida à própria vida. Este ensaio argumenta que muito do fascínio do seu projeto reside ao nível da linguagem e não da prática. Embora a sua retórica prometa novos caminhos para a liberdade, a sua produção permanece confinada ao objeto e à habitação sintética da família nuclear. Contrariamente à visão difundida de que o trabalho de Arakawa e Gins é lúdico e horizontal, encontra-se subjacente a esta aparência de prazer uma política de força, que procura esculpir o seu ideal no corpo através da imposição espetacular da arquitetura sobre o hábito.

Palavras-chave: Arquitetura, Arte conceptual, Transumanismo, Hábito, Estética da recusa, Fetichismo do objeto

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