Criatividade Gótica: o contrapoder das trevas

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Maria Antónia Lima

Resumo

O poder dos artistas sempre teve o seu espaço expressivo limitado por outros poderes, aos quais tem reagido por processos transgressivos. No caso da Criatividade Gótica, pode dizer-se que esta sempre estimulou expansões imaginativas, apresentando-se como um contrapoder comparativamente associado a certas ruturas da modernidade e das vanguardas. Em Love, Mystery and Misery, Coral Ann Howells sublinha o ímpeto antirracional do Gótico, caracterizando-o como um género híbrido com energias transgressivas. O seu poder em reagir contra o mal do poder, através de representações do poder do mal e das trevas, tem por intenção revelar o que permanece reprimido, invisível ou indizível, rompendo as máscaras das aparências instituídas. Em The Gothic – Documents of Contemporary Art, Gilda Williams observa: «Gothic remains non-, anti- and counter by definition, always asserting that the conventional values of life and enlightenment are actually less instructive than darkness and death.»

Palavras-chave: Arte, Gótico, Criatividade, Trevas, Contrapoder, Transgressão, Poder

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