O que pode a arte quando o desastre acontece? artE de pOrtas abErtas: biopolítica e transgressão nas margens do Funchal

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Ana Salgueiro Rodrigues

Resumo

Analisando representações mediáticas e artísticas do desastre de 20 de fevereiro de 2010 ocorrido na Madeira, questionaremos as implicações da imagem deste desastre na narrativa do Funchal. Objeto de sucessivas intervenções biopolíticas, a Zona Velha desta cidade, em 2010, continuava a ser vista como espaço marginal a requalificar, de modo a não colocar em causa a segurança da urbe e em especial a imagem turística da ilha-jardim, que desde o século xix sustentou a economia da ilha. No rescaldo do desastre, a Zona Velha será objeto de um conjunto de intervenções artísticas, integradas, pelo poder político e económico, no plano de requalificação dessa área. Assim, verificaremos até que ponto a arte contribuiu para o resultado desse plano biopolítico e em que medida o projeto artE de pOrtas abErtas tem tentado reinscrever, na memória cultural da cidade, as vozes/imagens da margem, onde se incluem as dos desastres naturais na ilha.

Palavras-chave: Arte pública, Desastres naturais, Funchal, Biopolítica, Memória cultural

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