O perfil profissional do educador especializado (social) - uma leitura sócio-histórica

Main Article Content

Fernando Canastra
Manuela Malheiro

Resumo

O presente artigo tem como propósito realizar uma aproximação à problemática do Perfil Profissional do Educador Especializado (Social). Partindo da revisitação de alguns elementos genealógicos em torno da “educação especializada”, no contexto francófono, e convocando alguns contributos sociológicos no âmbito das mudanças ou transformações que se estão a operar quer na realidade social, quer nas modalidades de intervenção social, os autores procuram realçar algumas das implicações históricas e sociológicas. Neste quadro interpretativo, sugerem-se alguns elementos reflexivos e interpretativos que possam contribuir para a clarificação conceptual do perfil profissional, no campo socioeducativo. O artigo termina com a apresentação de uma proposta relacionada com a emergência da figura do Educador Social, que tende a configurar-se a partir do seguinte perfil profissional: (a) a mobilização de uma escuta clínica; (b) a promoção de um tacto pedagógico; e (c) a convocação de uma postura ética.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Autès, M. (1999). Les paradoxes du travail social. Paris: Dunod.

Bárcena, F. & Mèlich, J.-C. (2000). La educación como acontecimiento ético. Barcelona: Paidós.

Canastra, F. (2005). Educação em valores: a emergência do sujeito ético? Uma abordagem narrativa da experiência ético-moral. Educação & Comunicação, 8, p.41-5.

Caride, J. (2005). Las fronteras de la pedagogía social. Perspectivas científica e histórica. Barcelona: Gedisa.

Carvalho, A. & Baptista, I. (2004). Educação social. Fundamentos e estratégias. Porto: Porto Editora.

Castel, R. (1995). Les métamorphoses de la question social. Une chronique du salariat. Paris: Fayard.

Castel, R. (2003). L’insécurité sociale. Qu’est-ce qu’être protégé?. Paris: Seuil.

Charlier, C. (1998). Pour une morale au-delà du savoir. Kant et Levinas. Paris: Albin Michel.

Chauvière, M. (1980). L’enfance inadaptée et l’héritage de Vichy. Paris: Éditions Ouvrières.

Chopart, J.-N. (org.) (2000). Les mutations du travail social. Dynamiques d’un champ professionnel. Paris: Dunod.

De Gaulelac, V. et al. (1993). Sociologies cliniques. Paris: Desclée de Brouwer.

Delors, J. (1996). Educação: um tesouro a descobrir. Porto: Edições ASA.

Dubet, F. (2002). Le déclin de l’institution. Paris: Seuil.

Dumazedier, J. (2002). Penser l’autoformation. Société d’aujourd’hui et pratiques d’autoformation. Lyon: Chronique Sociale.

Fabre, M. (2004). Quel vocabulaire pour penser la sécularisation de l’idée éducative?. Itinerários de Filosofia da Educação, 1, p.68-91.

Ferreira-Alves, J. e Gonçalves, O. (2001). Educação narrativa do professor. Coimbra: Quarteto.

Gauchet, M. (1985). Le désenchantement du monde. Une histoire politique de la religion. Paris: Gallimard.

Gauchet, M. (1998). La religion dans da démocratie. Parcours de la laïcité. Paris: Gallimard.

Honneth, A. (2000). La lute pour la reconnaissance. Paris: Cerf.

Ion, J. e Ravon, B. (2005). Les travailleurs sociaux. Paris: La Découverte.

Joubert, M. e Louzoun, C. (2005). Répondre à la souffrance sociale. Paris: Érès.

Karsz, S. (2004). Pourquoi le travail social? Définition, figures, clinique. Paris: Dunod.

Larrosa, J. (2000). Pedagogía profana. Estudios sobre lenguaje, subjetividad, formación. Buenos Aires: Ed. Novedades Educativas.

López Noguero, 2005. La educación social especializada con personas en situación de conflicto social. Revista de Educación, 336, p.57-71.

Meirieu, Ph. (2001). La opción de educar. Ética y pedagogía. Barcelona: Octaedro.

Molina, J. (2003). Dar (la) palabra. Deseo, don y ética en educación social. Barcelona: Gedisa.

Nègre, P. (1999). La quête du sens en éducation spécialisée. De l’observation à l’accompagnement. Paris: Harmattan.

Ortega, J. (1999). Educación social especializada, concepto y profesión. J. Ortega [coord.], Educación social especializada. Barcelona: Ariel Educación, p.13-41.

Paturet, J.-B. (1995). De la responsabilité en éducation. Paris: Érès.

Pineau, G. (2000). Temporalités en formation. Vers de nouveaux synchroniseurs. Paris: Anthropos.

Ravon, B. (2005). Vers un clinique du lien défait?, J. Ion et al., Travail social et souffrance psychique. Paris: Dunod, p.25-58.

Ricoeur, P. (1990). Soi même comme un autre. Paris: Seuil.

Rogers, C. (1978). Tornar-se pessoa. Lisboa : Moraes Editores.

Rouzel, J. (1997). Le travail d’éducateur spécialisé. Éthique et pratique. Paris: Dunod.

Sáez, J. (1997). La construcción de la pedagogía social: algunas vías de aproximación. A. Petrus [coord.], Pedagogía social. Barcelona: Ariel, p. 40-67.

Sáez, J. (2003). La profesionalización de los educadores sociales. En busca de la competencia educativa cualificadora. Madrid: Dykinson.

Sáez, J. (2005). Profesionalización de los educadores sociales: construcción de un modelo teórico para su estudio. Revista de Educación, 336, p.129-139.

Suchodolski, B. (2000). A pedagogia e as grandes correntes filosóficas. Lisboa: Livros Horizonte.

Touraine, A. (2005). Un nouveau paradigme. Pour comprendre le monde d’aujourd’hui. Paris: Fayard.

Van Manen, M. (1998). El tacto en la enseñanza. El significado de la sensibilidade pedagógica. Barcelona: Paidós.