Acolher em família: uma resposta para as crianças em perigo. Um projeto de investigação sobre o acolhimento familiar no Porto

Main Article Content

Paulo Delgado

Resumo

O objetivo essencial do Acolhimento Familiar, enquanto medida de proteção das crianças em perigo é afastá-las do perigo, garantir a sua recuperação física e psicológica e o seu desenvolvimento integral. O educador social é um agente de mudança na sociedade, o Acolhimento Familiar é um meio ou uma oportunidade de mudança da vida das crianças e das famílias nas suas comunidades. O projeto “O Acolhimento familiar no Distrito do Porto”, que descrevemos neste artigo, procura analisar, na área geográfi ca em estudo, os traços essenciais da medida, os atores que mobiliza, as diferentes fases e processos das colocações, o grau de satisfação que a experiência proporciona aos acolhedores e quais as implicações que a colocação acarreta para o desenvolvimento das crianças abrangidas. Este estudo adapta à realidade portuguesa a investigação desenvolvida por Del Valle, López, Montserrat e Bravo, intitulada El Acogimiento Familiar en España. Una evaluación de resultados (Del Valle, López, Montserrat & Bravo, 2008), e insere-se no âmbito de atuação do INED, o Centro de Investigação e Inovação em Educação, da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto. No distrito do Porto, a área geográfi ca abrangida pelo estudo, encontravam-se em acolhimento familiar, em 2011, mais de metade das colocações familiares de crianças em Portugal (289 num total de 553 crianças).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Amorós, P., Palacios, J., Fuentes, N., León, E., & Mesas, A. (2003). Familias Canguro. Una experiencia de protección a la infancia. Barcelona: Fundación “La Caixa”.

Amorós, P., & Palacios, J. (2004). Acogimiento Familiar. Madrid: Alianza Editorial.

Beek, M., & Schofi eld, G. (2004). Providing a secure base in long-term Foster Care. London: BAAF.

Brandon, M., Schofi eld, G., & Trinder, L. (1998). Social Work with children. London: Macmillan.

Cairns, K. (2006). Attachment, trauma and resilience: therapeutic caring for children. London: BAAF.

Cardoso, L. (2010). Contextos de Colocação para Crianças em Perigo dos 0 aos 3 Anos de Idade: Elementos para uma análise. Dissertação de mestrado não publicada, ISCET, Instituto Universitário de Lisboa, Lisboa.

Cleaver, H. (1999). Contact: the social worker’s experience. In M. Hill (Edt.), Signposts in Fostering. Policy, practice and research issues (pp. 252-262). London: BAAF.

David, M. (2000) (Dir.). Enfants, parents, famille d'accueil. Un dispositif de soins: l'accueil familial permanent. Ramonville Saint-Agne: Érès.

Delgado, P. (2007). Acolhimento Familiar. Conceitos, práticas e (in)definições. Porto: Profedições.

Delgado, P. (2008). Crianças e acolhedores. Histórias de vida em famílias. Porto: Profedições.

Delgado, P. (2010). O Acolhimento Familiar em Portugal. Conceitos, práticas e desafios. Psicologia & Sociedade, vol. 22, n.º 2, maio/agosto, pp. 336-344.

Delgado, P. (2011). Acolhimento Familiar de Crianças. Uma perspectiva ecológica. Porto: Profedições.

Del Valle, J. López, M., Montserrat, C., & Bravo, A. (2008). El Acogimiento Familiar en España. Una evaluación de resultados. Madrid: Ministerio de Trabajo y Asuntos Sociales.

Eurochild (2010). Children in alternative care – National Surveys. Bruxelas: Eurochild.

García, J. (2003). Dar (la) palabra. Deseo, don y ética en educación social. Barcelona: Gedisa.

IDS/CNPCJR (2002a). Crianças e jovens em Acolhimento Familiar. Caracterização sociográfica e percursos de vida. Lisboa: documento fotocopiado.

IDS/CNPCJR (2002b). Famílias de Acolhimento. Características, motivações e enquadramento institucional. Lisboa: documento fotocopiado.

Instituto da Segurança Social (2011). Relatório de caracterização das crianças e jovens em situação de acolhimento em 2010. Lisboa: Instituto da Segurança Social.

Martins, P. (2005). O Acolhimento Familiar como resposta de protecção à criança sem suporte familiar adequado. Revista Infância e Juventude, n.º 4, 63-84.

Neil, E. e Howe, D. (2004). Conclusions: a transactional model for thinking about contact. In E. Neil & D. Howe (Edts.), Contact in Adoption and permanent Foster Care (pp. 224-254). London: BAAF.

Pinto, V. (2008). Critérios para selecção e formação de famílias de acolhimento. Dissertação de mestrado não publicada. Instituto Superior de Psicologia Aplicada, Lisboa.

Schofield, G., Beek, M., Sargent, K., & Th oburn, J. (2000). Growing up in foster care. London: BAAF.

Schofield, G., & Beek, M. (2006). Attachment handbook for foster care and adoption. London: BAAF.

Schofield, G., & Stevenson, O. (2009). Contact and relationships between fostered children and their families. In G. Schofi eld & J. Simmonds (Edts.), Th e child placement handbook (pp. 178-202). London: BAAF.

Sellick, C., Th oburn, J., & Philpot, T. (2004). What works in adoption and foster care? Ilford: Barnardo’s.

Sinclair, I., Gibbs, I., & Wilson, K. (2004). Foster Carers. Why they stay and why they leave. London: Jessica Kingsley Publishers.

Sinclair, I. (2005). Fostering Now. Messages from research. London: Jessica Kingsley Publishers.

Sinclair, I., Wilson, K., & Gibbs, I. (2005). Foster Placements. Why they succeed and why they fail. London: Jessica Kingsley Publishers.

Triseliotis, J., Borland, M., & Hill, M. (2000). Delivering Foster Care. London: BAAF.

Triseliotis, J. (2010). Contact between looked aft er children and their parents: a level playing fi eld. Adoption & Fostering, vol. 34, 59-66.

Tribuna, F., & Relvas, A. (2002). Famílias de acolhimento e vinculação na adolescência. In A. Relvas & M. Alarcão (Coord.), Novas formas de família (pp. 53-120). Quarteto: Coimbra.

Waterhouse, S. (1999). How foster carers view contact. In M. Hill (Edt.), Signposts in Fostering. Policy, practice and research issues (pp. 215-226). London: BAAF.