A autobiografia americana como testemunho e caução de cidadania

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Teresa F. A. Alves

Resumo

A atracção da autobiografia à esfera da cidadania americana constitui o foco deste ensaio escrito em homenagem a Maria Laura Bettencourt Pires que, em boa parte da sua ensaística e prática docente, se empenhou a fundo na cultura americana. A interligação entre a escrita do “eu” e a questão da cidadania é desenvolvida por recurso a uma série de textos assinados por autores e autoras das várias culturas dos EUA, nomeadamente a cultura dominante e outras que, a par dela e no seu seio, alcançaram expressão. Abrange um arco temporal em que tal vertente literária floresce, moldada por desígnios que aparentam emular os da Declaração da Independência (1776), onde se firmam os direitos inalienáveis de cada indivíduo confrontado com uma nova identidade política. Ao correr do texto, são analisadas as autobiografias de Benjamin Franklin, Henry David Thoreau, Margaret Fuller, William Apess, Frederick Douglass, Harriet A. Jacobs, Gertrude Bonin/ Zitkala-Sa e Mary Antin. É dado relevo ao modo singular e único de entrelaçamento de cada uma das vidas analisadas com as circunstâncias sociais e políticas do seu tempo. Complementarmente, considera-se o impacto que tiveram nessas mesmas circunstâncias e a forma como contribuíram para a configuração do conceito de representatividade americana e a sucessiva redefinição desse conceito.

Palavras-chave: Autobiografia, Cidadania, Cultura dominante, Culturas-outras, Homem e mulher americanos representativos

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