"Go west, ever-young humanities"

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Teresa Cid

Resumo

Horace Greeley, político americano de meados do século XIX e editor do New-York Tribune, desafiou os seus jovens compatriotas com um imperativo "Go West young man". Inspirada por esta asserção de incentivo a ir sempre mais longe, continuando criativamente a viagem em direcção ao futuro, aproprio-me deste apelo à acção, trazendo-o para o campo das Humanidades. Assim, as páginas seguintes propõem uma breve reflexão sobre a importância das Humanidades, bem como sobre os desafios com que se confrontaram os seus cultores nos EUA e noutros países, também no nosso tempo, e a forma como aquelas podem contribuir para uma melhor compreensão das complexidades do ser humano que se quer, acima de tudo, solidário, como defendido na ensaística de Jennifer Summit sobre o futuro das Humanidades. A referência às preocupações de Ralph Waldo Emerson e Williams Carlos Williams com o papel das Humanidades nos seus próprios tempos e à sua defesa da imaginação literária será complementada por uma reavaliação do Oeste americano, mais especificamente encarado como espaço de diálogos históricos e criativos com a viagem espiritual rumo à muito almejada “terra prometida”, conhecida desde os tempos coloniais puritanos como "demanda no deserto". Exemplos desta procura de respostas solidárias a situações humanas difíceis são discutidos por meio de dois filmes, Meek’s Cuttof (2010), de Kelly Reichardt, e The Homesman (2014), de Tommy Lee Jones, ambos novos westerns que, à sua maneira, dão corpo à preocupação com uma cidadania ética também presente no romance de Mark Twain, Aventuras de Huckleberry Finn (1885). O seu apelo a um envolvimento activo nos domínios social e educativo, visando a construção de um mundo mais solidário é também uma profunda preocupação de uma figura maior do nosso tempo, o Papa Francisco.

Palavras-chave: Humanidades, Western, W. C. Williams, Meek’s Cuttof, The Homesman

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