Balloons over the volcano: ecocriticism, vengeful nature and apocalyptic anxieties

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Iolanda Freitas Ramos

Resumo

A erupção do vulcão Krakatoa, em 1883, constituiu um desastre natural que causou um impacto profundo no clima global, pelo menos durante cinco anos. Partindo das consequências da erupção vulcânica, este artigo começa por abordar o modo como os efeitos geográficos e os fenómenos ópticos inspiraram as artes, no tocante a esboços e quadros de um céu escurecido e de belos ocasos. De seguida, examina o significado implícito do clima apocalíptico como resposta da natureza à acção abusiva humana, debatido por Ruskin em The Storm-Cloud of the Nineteenth Century (1884), um texto que não só corporizou ansiedades civilizacionais, mas também foi precursor de discursos ecocríticos. O artigo evoca também os desastres naturais como temática da imaginação literária e fílmica utilizada na ficção científica com o propósito de apresentar uma situação distópica. Por último, centra-se na obra de William Pène du Bois, The Twenty-One Balloons (1947), para analisar a catástrofe de Krakatoa recriada como cenário do que pode ser considerado uma utopia literária dirigida a crianças e para ilustrar uma representação ficcional que distorce um cataclismo não-ficcional.

Palavras-chave: Krakatoa, Ruskin, Ecocrítica, William Pène du Bois, Etopia

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