Notas sobre a gravação técnica do som

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Rogério Santos

Resumo

O registo sonoro, nomeadamente música e voz, iniciou-se no final do século XIX. Primeiro, foram registos puramente mecânicos (há registos mecânicos mais antigos, como em brinquedos, mas sem capacidade de gravar sons da natureza, da voz humana e da música em concerto). A eletrificação das máquinas de gravação simplificou o registo sonoro. Uma florescente indústria discográfica alargou-se a todo o mundo, após o seu arranque nos Estados Unidos. De acordo com o gosto musical da época, os primeiros discos contemplavam a música clássica, mas, já na década de 1930, surgiam discos de música ligeira. A rádio, com emissoras potentes em todos os continentes, além da informação, tinha a programação baseada na música, estimulando a indústria fonográfica e impondo gostos musicais. Em meados da década de 1940, apareceu o magnetofone, um gravador de fita magnética, de origem alemã, mais fiável que o gravador de fita de aço americano. Após a II Guerra Mundial, a rádio e os gira-discos tornaram os lares burgueses em verdadeiras pistas de dança, com músicas alegres. As tecnologias de registo sonoro evoluíram tanto que se adicionaram pistas de gravação e se manipularam sons que os registos iniciais não comportavam. Seriam os casos dos discos Pet Sounds, dos Beach Boys (1966), com a música Good Vibrations, e Sgt Pepper’s Lonely Hearts Band, dos Beatles (1966-1967), cuja reprodução num concerto ao vivo se tornou impossível. A indústria fonográfica ganhava à rádio, até aí a grande produtora dos gostos estéticos.

Palavras-chave: Música, Rádio, Registo sonoro

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