V for Victorian Vendetta

Main Article Content

Ana Simão

Resumo

A sociedade actual deve em muito à Era da Rainha Victoria, uma época de enorme progresso e desenvolvimento, especialmente ao nível da ciência e tecnologia. De facto, a estética victoriana, bem como os seus temas e motivos, permanece influente na literatura e arte contemporânea. No final do século XX, a emergência dos estudos Neo-Victorianos, cujo objectivo é compreender como estas estruturas e ideais são apropriados e redefinidos na arte e literatura dos dias de hoje, testemunha esta influência cultural.Sendo o Neo-Victorianismo uma área de estudos recente, torna-se difícil haver consenso numa só definição. No entanto, a maioria dos académicos determina os limites deste conceito tendo em conta as adaptações e/ou apropriações de motivos, temas e estruturas victorianas. Com estas ideias em mente, este artigo explora V for Vendetta,tanto o romance gráfico (escrito por Alan Moore e David Lloyd e serializado entre 1982 e 1989), como o filme (produzido por James McTeigue e lançado em 2006), textos que não aparentam ter qualquer tipo de ligação à Era Victoriana, mas que não só apropriam temas e ideias victorianas como também os transpõem para um futuro distópico, de forma a criar duas expressões análogas de Neo-Victorianismo.

Palavras-chave: Neo-Victorianismo, V de Vendetta, Sensation novel, Oscar Wilde

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Brantlinger, Patrick. 1982. "What Is 'Sensational' About the 'Sensation Novel'" in Nineteenth- Century Fiction 37.1, 1-28. https://doi.org/10.2307/3044667

Comics. Orwell, George. 2009. Nineteen Eighty-Four. New York: Penguin Books.

Crowell, Ellen. 2008/2009. "Scarlet Carsons, Men in Masks: The Wildean Contexts of V for Vendetta" in Neo-Victorian Studies 2.1, 17-45. <http://www.neovictorianstudies.com/> Acessed in 24/05/2014.

Derrida, Jacques. 1980. "The Law of Genre" in Critical Inquiry 7.1, 55-81.

Ellmann, Richard. 1987. Oscar Wilde. London: Penguin Books.

Hadley, Louisa. 2010. Neo-Victorian Fiction and Historical Narrative: The Victorians and Us. New York: Palgrave Macmillan.

Holland, Merlin. 2004. Irish Peacock & Scarlet Marquess: The Real Trial of Oscar Wilde. London: Forth State.

Keller, James R. 2008. V for Vendetta as Cultural Pastiche: A Critical Study of the Graphic Novel and Film. Jefferson: McFarland & Company.

Landow, George P. 2007. "Pre-Raphaelites: An Introduction" in The Victorian Web. <http://www.victorianweb.org/painting/prb/1.html> Acessed 02/06/2014.

Llewellyn, Mark. 2008. "What is Victorian Studies" in Neo-Victorian Studies 1.1, 164-185. <http://www.neovictorianstudies.com/> Acessed in 24/05/2014.

Moore, Alan and David Lloyd. 2005. V for Vendetta. New York: Vertigo.

Moore, Alan and Eddie Campbell. 2000. From Hell. London: Knockabout.

V for Vendetta. Directed by James McTeigue. 2006. New York: Warner Bros. Pictures, 2007. DVD.

Wilde, Oscar. 1986. De Profundis and Other Writings. London: Penguin Classics.

Wilde, Oscar. 2010. The Picture of Dorian Gray. London: HarperCollins. Yeats, W. B. 2004. The Tower. New York: Macmillan.

Wilde, Oscar. 2012. Intentions: The Decay of Lying, Pen, Pencil and Poison, the Critic As Artist, the Truth of Masks. London: Forgotten Books.