The Inadequacy of the "Two Worlds" Theory for Plato's Theory of Being an Alternative Reading: The Theory of Blend and Gradation
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Resumo
A "Teoria dos dois Mundos" constitui uma interpretação específica da conclusão do Livro V da República de Platão, e a questão de saber se é uma leitura correcta ou a única leitura possível deste inquérito continua em aberto. A teoria sugere que ser e devir estão tão afastados entre si que constituem dois reinos distintos absolutamente, o que parece contradizer a hipótese de que as coisas em devir (os particulares) mostram semelhança com o que verdadeiramente é, ou seja, as Formas – como o próprio Sócrates presume. Mas o alcance do acesso humano ao conhecimento (a capacidade que lida com o que "é em todos os sentidos"), como consequência de um homem de participar no reino dos particulares (o do devir), parece sugerir uma interligação, uma mistura, uma gradação do ser para devir não ser. Os seres humanos não seriam capazes de pensar ou imaginar o que é de modo algum (não poderia existir sequer uma tentativa de conhecimento) se não houvesse essa gradação, essa mistura de ser e não ser. Isso porque as naturezas do que é e o que está entre o que é e o que não é seriam totalmente distintas, ou seja, dois mundos diferentes. Sugerimos que esta demarcação absoluta só parece aplicar-se entre o ser e o não ser, como completamente distintos um do outro. Dito isto, a Teoria alternativa de gradação também apresenta dificuldades. O problema pode ser formulado assim: se o devir é uma mistura de ser e não ser, em que ambos estão presentes e não completamente isolados e mas ser e não ser são completamente distintos, em que ponto o devir "deixa de ser", por assim dizer? Em que ponto, o devir perde completamente a sua participação no ser, e se torna não ser (ou deixa de ser)? Este constitui um problema conceptual e metafísico real e, portanto, sugere a necessidade de conciliação.
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Referências
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