Vozes e ecos de sufragistas britânicas em Portugal

Main Article Content

Isabel Cruz Lousada

Resumo

Relembrando a passagem do centenário do voto de Carolina Beatriz Ângelo, pretendemos assinalar a efeméride relacionando-a com o quadro de antecedentes nacionais e estrangeiros respeitantes à questão do sufrágio. Por intermédio da presença de feministas britânicas em Portugal, ou de vozes e ecos das suas posições, ilustrar-se-á o enquadramento anglo-português perante o sufrágio feminino e o acontecimento histórico de 28 de Maio de 1911 que, embora ocorrido em Lisboa, viu as suas fronteiras serem amplamente alargadas. A família Pankhurst, em particular, foi alvo de duras e injustas críticas por parte dos(as) detractores(as) do sufragismo e dos feminismos, ainda que tenha havido quem ousasse levantar a voz em sua defesa. Procurámos, pois, dar relevo a alguns dos trechos mais emblemáticos, de modo a definir os contornos em que a contenda se terá desenrolado no Reino Unido e além-fronteiras.

Palavras-chave: Feminismos, Sufragistas, Pankhurst, Carolina Beatriz Ângelo, Millicent Fawcett

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Abreu, Zina. “Luta das mulheres pelo direito de voto – movimentos sufragistas na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos”. Arquipélago História 6 (2002): 443‐469.

“As Sufragistas da Inglaterra”. O Mundo.

Associação Portuguesa de Propaganda Feminista. Victoires du Féminisme – Le vote de la femme en Portugal: Une sentence favorable. (1911).

Associação Portuguesa de Propaganda Feminista‐. “Através do mundo”. A Mulher Portuguesa 4 (Out. 1912): 28-29.

Borges, França (ed). Almanaque de O Mundo para 1914. Lisboa: Tip. Casa Portuguesa, 1913.

Cabete, Adelaide. “A dobrez do homem: o pai e o marido perante a mulher”. Educação Social 3 (15 Mar. 1925): 66.

Cabete, Adelaide . “O horror à palavra ‘feminismo’”. Alma Feminina 6 (Nov.-Dez. 1928): 9 -11.

Cabete, Adelaide . “Mrs Pankhurst”. A Província de Angola (22 Ago. 1932): 1 -2.

Debate Parlamentar, Sessão Nº 129. (1 de Jul. 1912).

Lousada, Isabel. “Carolina Beatriz Ângelo: cúmplice e conspiradora”. In Catálogo Carolina Beatriz Ângelo: Intersecções dos sentidos/palavras, actos e imagens, 24-27. Guarda: IMC/Museu da Guarda, 2010.

Manso, Maria Isabel Correia. A Mulher na Administração dos Municípios. Lisboa: Tip. Garrett, 1924.

“Mulheres do Diabo!”. O Século (11 Mar. 1914).

Notícias Ilustrado 3 (1928): 18.

“O caminho percorrido”. A Mulher 1 (1946): 9-10.

O'Neill, Maria. “O voto às mulheres”. O Combate 298 (20 Fev. 1920).

Osório, Ana de Castro. “Avante pelo Feminismo! Ser feminista é ser justo! A obra de emancipação feminina deve ser a obra da mulher”. A Capital 160 (8 Dez. 1910).

Osório, Ana de Castro. “Feminismo”. Almanaque Democrático para 1908 (1907): 31-32.

Osório, Ana de Castro. A Mulher na agricultura, nas indústrias regionais e na administração municipal. Lisboa: Casa Editora Para as Crianças, 1915.

Osório, Ana de Castro. “Voto de mulheres”. A Madrugada 11 (30 Jun. 1912): 1.

Osório, Paulo. “Cartas de Paris: Vote for Women”. O Século (20 Mar. 1914): 1.

“Propaganda feminista por bilhete-postal”. A Capital (24 Dez. 1910): 1.

“Republicanos: Dr. José de Castro”. O Mundo (29 Dez. 1906): 1.

Seabra, Eurico de. Cartas a Mulheres. Décima terceira carta – Sobre o Feminismo e o Sufragismo. Porto: Tip. Porto Médico, 1915: 139 -152.

Thane, Pat. “What difference did the vote make?”. In Political systems and definitions of gender roles, 53 -81. Edizion Plus: Università di Pisa, 2001.

Veleda, Maria. A Conquista. Lisboa: Livraria Central de Gomes de Carvalho editor, 1909.

Veleda, Maria. “Roosevelt e o Feminismo”. A Mulher Portuguesa 4 (Out. 1912): 1 -2.

Veleda, Maria. “Emancipação da Mulher”. A Madrugada 4 (30 Nov. 1911): 1.