Stefan Zweig em Portugal. História de um sucesso

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Teresa Seruya

Resumo

Neste contributo pretendo fazer uma história abreviada da recepção do autor austríaco Stefan Zweig (1881-1942) em Portugal, desde a sua primeira tradução em 1934 até ao presente, em que se verificam várias novas traduções (retraduções) e reedições da sua obra novelística, biográfica e ensaísta, assim como adaptações ao cinema da sua vida e obra. Trata-se, na verdade, de uma história de sucesso. Entre 1937 e 1983 Zweig, através da editora portuense Civilização, foi traduzido e reeditado inúmeras vezes. Títulos como Vinte e Quatro Horas na Vida de Uma Mulher, Carta de uma Desconhecida, Amokou das biografias Maria Antonieta e Maria Stuart ficaram no ouvido e nas estantes das gerações dos anos 30 e 40. E quando Zweig passou por Portugal em 1938 a imprensa não se cansou de o noticiar (e elogiar), o que voltou a acontecer por ocasião da sua trágica morte no Brasil. Presto depois atenção ao regresso de Zweig à vida literária e cultural portuguesa no século XXI. Analiso o fenómeno das retraduções e seu significado e comento o eco da autobiografia O Mundo de Ontem em críticos literários, intelectuais e cineastas, não esquecendo os contributos da investigação universitária

Palavras-chave: Stefan Zweig, Tradução indirecta, Retradução, Recepção, Popularidade

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