Gaudium Sciendi https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi <p><strong> Gaudium Sciendi<br></strong>Revista electrónica da Sociedade Científica da Universidade Católica Portuguesa com periodicidade semestral. A revista aceita propostas de artigos para publicação sobre um amplo leque de tópicos em diversas áreas científicas. Os artigos são submetidos, em regime de anonimato, ao parecer de dois especialistas da respectiva área científica (<em>double-blind peer review</em>). No âmbito da <em>Gaudium Sciendi</em> há várias secções, tais como Editorial, Artigos, Debates, Poesia, Recensões críticas e Comentários.<br><strong>ISSN</strong>: <span class="st">2182-7605</span></p> Universidade Católica Portuguesa pt-PT Gaudium Sciendi 2182-7605 Maria Laura Bettencourt Pires: perfil de uma amizade https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12937 Luísa Leal de Faria ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 7 22 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12937 Editorial https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12940 Maria Laura Bettencourt Pires ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 23 26 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12940 Nota de abertura https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12941 Ana Costa Lopes Marília dos Santos Lopes ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 27 28 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12941 Acerca da minha mãe, Maria Laura Bettencourt Pires [10-01-1932 – 20-06-2022] https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12942 Maria Alexandre Bettencourt Pires ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 29 56 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12942 Galeria de fotos https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12943 A Redação ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 57 68 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12943 Things they said yesterday https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12944 <p>O meu objectivo é o de ilustrar, através/a partir de vídeos disponíveis no YouTube, como questões, traços e sentimentos, pessoais e/ou sociais, do mundo actual --- indiferença, insensibilidade, exclusão, isolamento, solidão, frustração, sofrimento, dor, etc. --- foram musical e verbalmente traduzidos pelos Beatles nas suas composições, que usaremos aqui como fontes primárias.</p> Miguel Alarcão ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 71 80 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12944 A autobiografia americana como testemunho e caução de cidadania https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12945 <p>A atracção da autobiografia à esfera da cidadania americana constitui o foco deste ensaio escrito em homenagem a Maria Laura Bettencourt Pires que, em boa parte da sua ensaística e prática docente, se empenhou a fundo na cultura americana. A interligação entre a escrita do “eu” e a questão da cidadania é desenvolvida por recurso a uma série de textos assinados por autores e autoras das várias culturas dos EUA, nomeadamente a cultura dominante e outras que, a par dela e no seu seio, alcançaram expressão. Abrange um arco temporal em que tal vertente literária floresce, moldada por desígnios que aparentam emular os da Declaração da Independência (1776), onde se firmam os direitos inalienáveis de cada indivíduo confrontado com uma nova identidade política. Ao correr do texto, são analisadas as autobiografias de Benjamin Franklin, Henry David Thoreau, Margaret Fuller, William Apess, Frederick Douglass, Harriet A. Jacobs, Gertrude Bonin/ Zitkala-Sa e Mary Antin. É dado relevo ao modo singular e único de entrelaçamento de cada uma das vidas analisadas com as circunstâncias sociais e políticas do seu tempo. Complementarmente, considera-se o impacto que tiveram nessas mesmas circunstâncias e a forma como contribuíram para a configuração do conceito de representatividade americana e a sucessiva redefinição desse conceito.</p> Teresa F. A. Alves ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 81 96 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12945 Orpheus and Eurydice revisited https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12946 <p class="Default"><span style="font-size: 11pt;">The myth of Orpheus and Eurydice was perpetuated during centuries in literature, painting, music and cinema. It is impossible to analyse all of this myth’s processes of transmission (orally / written versions and trans-mediation). However, revisiting the Orphic theme reminds me of the particular interest Professora Laura had shown in my article previously published in the journal Gaudium Sciendi. Therefore, this contribution begins with a retrospective, focusing on related works by modernists such as Goll and Kokoschka, but also by authors such as Keats and Celan. </span></p> Gerald Bär ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 97 108 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12946 Os sekeru-ankh no antigo Egipto. Proveniência, tipos e funções - império antigo e império médio https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12947 <p>Através de <em>raids </em>de intervenção em territórios vizinhos, de missões de firme pacificação de áreas limítrofes ou sob administração egípcia, por determinação do poder central ou de altos funcionários regionais, ou de vitoriosas campanhas militares planeadas pelo Estado, desde o Império Antigo que chegaram ao Egipto contingentes humanos que se integram na categoria de prisioneiros de guerra (<em>sekeru-ankh, </em>“prisioneiros/ cativos vivos”). Qual a proveniência dos prisioneiros de guerra no Império Antigo e no Império Médio? Que tipos de prisioneiros existiram nestes dois períodos mais recuados da história egípcia? Que funções lhes estavam destinadas? Pelas fontes disponíveis, de carácter narrativo-literário e/ ou plástico-iconográfico, podemos perceber esta realidade social e o seu enquadramento no universo demográfico e mental egípcio, responder a estas questões e traçar uma panorâmica diversificada dos prisioneiros de guerra, sempre enquadrada por um conceito egípcio de História em que a realeza, a ideologia e a legitimação influíam directamente na arte da guerra.</p> José das Candeias Sales ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 109 130 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12947 "Go west, ever-young humanities" https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12948 <p>Horace Greeley, político americano de meados do século XIX e editor do New-York Tribune, desafiou os seus jovens compatriotas com um imperativo "Go West young man". Inspirada por esta asserção de incentivo a ir sempre mais longe, continuando criativamente a viagem em direcção ao futuro, aproprio-me deste apelo à acção, trazendo-o para o campo das Humanidades. Assim, as páginas seguintes propõem uma breve reflexão sobre a importância das Humanidades, bem como sobre os desafios com que se confrontaram os seus cultores nos EUA e noutros países, também no nosso tempo, e a forma como aquelas podem contribuir para uma melhor compreensão das complexidades do ser humano que se quer, acima de tudo, solidário, como defendido na ensaística de Jennifer Summit sobre o futuro das Humanidades. A referência às preocupações de Ralph Waldo Emerson e Williams Carlos Williams com o papel das Humanidades nos seus próprios tempos e à sua defesa da imaginação literária será complementada por uma reavaliação do Oeste americano, mais especificamente encarado como espaço de diálogos históricos e criativos com a viagem espiritual rumo à muito almejada “terra prometida”, conhecida desde os tempos coloniais puritanos como "demanda no deserto". Exemplos desta procura de respostas solidárias a situações humanas difíceis são discutidos por meio de dois filmes, Meek’s Cuttof (2010), de Kelly Reichardt, e The Homesman (2014), de Tommy Lee Jones, ambos novos westerns que, à sua maneira, dão corpo à preocupação com uma cidadania ética também presente no romance de Mark Twain, Aventuras de Huckleberry Finn (1885). O seu apelo a um envolvimento activo nos domínios social e educativo, visando a construção de um mundo mais solidário é também uma profunda preocupação de uma figura maior do nosso tempo, o Papa Francisco.</p> Teresa Cid ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 131 148 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12948 O papel dos puzzles na narrativa dos jogos de aventura https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12949 <p>A evolução tecnológica trouxe-nos uma forma interativa de contar uma história, nomeadamente o jogo de aventura. Este costuma estar repleto de quebra-cabeças que põem à prova a criatividade e imaginação do jogador. No presente trabalho, procuramos identificar todos os géneros de puzzles que podemos encontrar nos vídeojogos, descrevemos as suas características e traçamos a sua evolução desde as primeiras aventuras de texto, muito semelhantes a livros de ficção, aos jogos gráficos, que permitiram um maior nível de imersão no mundo do jogo.</p> João Jorge Capelo Sottomayor Spínola Fernandes ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 149 172 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12949 Um prefácio inesquecível de Maria Laura Bettencourt Pires https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12950 Pedro Carlos Louzada Fonseca ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 173 178 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12950 Pearl: o simbolismo da pérola https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12951 <p>O objeto de estudo do presente ensaio é o poema medieval Pearl (séc. XIV) e irá focar-se na simbologia deste valioso material, utilizado como adorno há mais de 6.000 anos. A pérola foi a pioneira das gemas na Antiguidade, uma preciosidade escondida sob uma capa - a concha, que requer esforço e cuidado para ser adquirida, o mesmo que é exigido para alcançar a Verdade ou o Conhecimento. Iremos argumentar no sentido da definição deste poema como, simultaneamente, uma alegoria e uma elegia. Adicionalmente, considerámos relevante estabelecer uma analogia com o significado e proeminência noutras obras e, por fim, concluiremos se existe ou não uma metamorfose do simbolismo ao longo dos tempos, assim como as disparidades e semelhanças em diferentes formas de representação desta gema.</p> Francisca Fonte Inês Andrade Irine Semenishcheva ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 179 201 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12951 Tendências progressistas e conservadoras na imprensa periódica feminina portuguesa de oitocentos https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12952 <p>A imprensa periódica feminina do século XIX foi, em Portugal, palco da luta pela afirmação das mulheres contra a desigualdade de género e contra a discriminação. Pugnaram as oitocentistas contra tabus e preconceitos de ambos os sexos que impediam a igualdade de direitos civis e políticos, as diversas “emancipações”, a paridade na instrução e o exercício de uma profissão. Ao contrário destas, outras colaboradoras defenderam posições conservadoras. Este artigo pretende mostrar aspectos do diálogo entre estas duas tendências, privilegiando a primeira.</p> Ana Costa Lopes ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 202 222 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12952 Viagens em casa. Percursos contemporâneos https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12953 <p>Nos últimos anos assiste-se a um regresso da Literatura de Viagens, cuja temática aborda narrativas com pano de fundo em Portugal segundo novos paradigmas do viajar. Viagens em casa. Percursos contemporâneos procura, por conseguinte, percorrer obras editadas nestas duas últimas décadas, salientando temas, propósitos, ou ainda a recorrente presença e visibilidade no mundo digital.</p> Marília dos Santos Lopes ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 223 237 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12953 A aplicação da justiça ao longo da história: breve apontamento https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12954 Aurora Martins Madaleno ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 238 249 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12954 When children of war fight for the past: mediations of the Portuguese colonial war memories https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12955 <p>This essay discusses how Maria José Lobo Antunes, a “child of the Portuguese Colonial War”, besides reflecting on how the conflict has been renegotiated in Portugal’s public narrative so far, proposes a diverse process of mediation of the event through an ethnography of war. My aim is to demonstrate how her ethnography constitutes an alternative and tentative memory mapping project of the conflict (Murphy, 2019), through which Antunes challenges the collective amnesia related to the controversial event and fights against oblivion, the ultimate enemy to defeat in search for healing and reconciliation.</p> Adriana Martins ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 250 259 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12955 A harmonia, o equilíbrio, a saúde e o bem-estar https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12956 João Moreira ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 260 270 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12956 Camoens de Henry St. George Tucker – uma tragédia à medida https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12957 <p>Henry St. George Tucker (1771–1851), autor inglês da época romântica, escreveu uma tragédia com o título Camoens e ver-se-á que o tema da peça, embora de carácter romântico, não é ditada por um sentimento de escola nem, no limite, tem a ver com o poeta Camões.</p> Vitor Amaral de Oliveira ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 271 290 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12957 Portuguese women para-troop nurses (1961-1980) https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12958 <p class="Default"><span style="font-size: 11.0pt;">Portugal had a group of military Para-Troop women composed by trained Nurses, whose main mission was to respond to evacuation calls for wounded soldiers, nursing them, keeping them alive until they could reach military hospitals in the rear. The idea, the path to convincing the men in power, the creation and development of this very small but very significant and effective force, along with the service it delivered, constitute a dramatic historical and noble part of the Portuguese Colonial War. The action of these paradigmatic women proved, beyond any honest doubt, the capacity of apparently common women to perform even the harshest and most difficult tasks, never losing, in their case, the profound sense of humane action that had been the ethic core of their formation as Nurses. </span></p> Américo Pereira ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 291 316 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12958 A importância do estudo da literatura para a infância na academia: um contributo central e cordial de Maria Laura Bettencourt Pires https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12959 <p>O presente texto é uma revisitação da importante obra da Professora Maria Laura Bettencourt Pires, incontornável para quem se dedica ao estudo consistente e persistente do subsistema da literatura e cultura infantojuvenil em Portugal. Trata-se da História da Literatura Infantil em Portugal, publicada na editora Vega em 1983 (ou 1982, já que as várias referências que encontrámos não concordam na data e a ausência desta na única edição não nos permitiu desambiguar a questão, pelo que optámos por 1983), e é a primeira sistematização, no panorama académico e editorial, etapa inaugural que se reclama quando se constitui um campo de estudos - a sua história – para prosseguir na teorização e aplicação nas abordagens mais consistentes de obras, autores e contextos. A obra é prefaciada por um dos vultos mais importantes do século XX no que respeita à divulgação de obras e figuras históricas, Adolfo Simões Müller, jornalista e autor que adaptou, em versões de leitura facilitada, obras clássicas e nos deixou relatos das vidas de grandes figuras universais, numa preocupação em disseminar, por um maior número possível de leitores, cultura no sentido de erudição por conhecimento de factos. O nosso texto tem em particular conta esse prefácio, ao mesmo tempo provocador e crítico de uma certa situação que vigorava à data da publicação da História, mas também a Nota Final da autora. A opção pela incidência do nosso foco nestes dois textos, prende-se com a relevância do pioneirismo do trabalho da professora Maria Laura Bettencourt Pires e com a sua elevada consciência da importância de se trabalhar uma literatura que, tendo em conta, no momento da sua criação, as competências limitadas dos leitores mais jovens, não cede um milímetro na qualidade literária. Mesmo quando, aos olhos de hoje, essa qualidade não se desliga de certos preconceitos e de práticas e formas de pensar anacrónicas, sobretudo quando comparamos os livros publicados para crianças então, com os que são publicados nos dias de hoje. A esta qualidade da obra, a Professora e Investigadora acrescenta uma perspetiva que tem em conta fenómenos internacionais que conferem ao panorama português quer uma especificidade, quer uma integração que continuam a contribuir para a relevância do estudo da literatura e cultura para a infância e a juventude na academia e, acrescentamos, para além da preocupação coma formação de profissionais do ensino básico e secundário.</p> Cláudia Sousa Pereira ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 317 328 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12959 “Encerrar” e “desencerrar” ou a arte da capeia em “uma corrida de toiros no sabugal”, de Abel Botelho (1854-1917) https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12960 <p>São muitos os testemunhos (de tradição oral, entre outros) que procuram dizer a cultura arraiana. Mas o que se pretende é tentar avaliar o património cultural em torno da capeia arraiana, a partir do conto “Uma corrida de toiros no Sabugal”, publicado por Abel Botelho em Mulheres da Beira (1898). A capeia arraiana é uma corrida de touros típica das terras de Riba Côa, nas aldeias da raia e pensa-se que tenha tido origem num acordo entre os ganadeiros da província espanhola de Salamanca e as aldeias portuguesas. Uma vez por ano, cediam algumas vacas bravas para, de alguma forma, compensar os estragos causados pelo gado espanhol que atravessava a raia para pastar nas hortas e lameiros portugueses. Pretendemos, deste modo, revisitar o primeiro conto que se assume como verdadeiro testemunho semântico e poético desse acervo arraiano. E, sob este olhar, acreditamos que a partir de um código literário, a linguagem dos toiros se transforma num diálogo vivo entre a simbólica e o imaginário do património cultural imaterial dos povos da raia.</p> Margarida Esperança Pina ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 329 338 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12960 Balloons over the volcano: ecocriticism, vengeful nature and apocalyptic anxieties https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12961 <p>A erupção do vulcão Krakatoa, em 1883, constituiu um desastre natural que causou um impacto profundo no clima global, pelo menos durante cinco anos. Partindo das consequências da erupção vulcânica, este artigo começa por abordar o modo como os efeitos geográficos e os fenómenos ópticos inspiraram as artes, no tocante a esboços e quadros de um céu escurecido e de belos ocasos. De seguida, examina o significado implícito do clima apocalíptico como resposta da natureza à acção abusiva humana, debatido por Ruskin em The Storm-Cloud of the Nineteenth Century (1884), um texto que não só corporizou ansiedades civilizacionais, mas também foi precursor de discursos ecocríticos. O artigo evoca também os desastres naturais como temática da imaginação literária e fílmica utilizada na ficção científica com o propósito de apresentar uma situação distópica. Por último, centra-se na obra de William Pène du Bois, The Twenty-One Balloons (1947), para analisar a catástrofe de Krakatoa recriada como cenário do que pode ser considerado uma utopia literária dirigida a crianças e para ilustrar uma representação ficcional que distorce um cataclismo não-ficcional.</p> Iolanda Freitas Ramos ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 339 352 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12961 Representação transnacional de «símbolos de pertença» em contexto migratório https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12962 Maria Beatriz Rocha-Trindade ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 353 378 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12962 Para uma museologia da religião: análise da carta-circular “a função pastoral dos museus eclesiásticos” vinte anos depois https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12963 <p>A Igreja Católica assume uma longa tradição na salvaguarda do seu património cultural, histórico e artístico. Os tesouros eclesiásticos medievais, cumprindo as funções de depósito, inventariação, conservação e exposição, são os antecedentes históricos dos museus eclesiásticos e constituem uma referência obrigatória na proto-história da museologia. No entanto, apenas em finais do século XVIII, com a instituição dos museus e a conexa incorporação de bens eclesiásticos, se assinala a conversão do objeto sagrado ou religioso em objeto museológico. Desde então e, em particular, após o Concílio Vaticano II, a Igreja tem demonstrado uma crescente preocupação em garantir, aos objetos retirados do culto, um destino digno de sua condição litúrgica original. Nesse sentido, a Carta-Circular Função pastoral dos museus eclesiásticos, publicada em 2001, determinava que o museu eclesiástico fosse considerado como um recurso válido e adequado à preservação desses objetos, mantendo-os na proximidade do grupo cultural de origem e dando continuidade à sua função catequética original. Assim, o museu eclesiástico diferencia-se dos restantes por ser confessional, vinculando uma perspetiva espiritual e pastoral à função cultural dos museus, o que, garantindo o rigor da informação, se torna um fator positivo na recontextualização e inteligibilidade do objeto religioso. Além disso, ao referir a interação entre o museu eclesiástico e o território, no quadro referencial dos conceitos de museu integrado e difuso, a Carta propunha uma via de atuação que coincide com o desenvolvimento da museologia atual centrada no público e na experiência do visitante. Passadas duas décadas sobre a sua publicação, propõe-se uma análise crítica da Carta no quadro teórico dos estudos museológicos, a fim de confirmar o seu caráter atualizado, se não pioneiro, no que respeita à recuperação da função e do sentido original do objeto no discurso museológico, à ligação ao território e à cultura do lugar numa perspetiva global e diacrónica, e à interação com o público plural e heterogéneo.</p> Maria Isabel Roque ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 379 406 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12963 Notas sobre a gravação técnica do som https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12964 <p>O registo sonoro, nomeadamente música e voz, iniciou-se no final do século XIX. Primeiro, foram registos puramente mecânicos (há registos mecânicos mais antigos, como em brinquedos, mas sem capacidade de gravar sons da natureza, da voz humana e da música em concerto). A eletrificação das máquinas de gravação simplificou o registo sonoro. Uma florescente indústria discográfica alargou-se a todo o mundo, após o seu arranque nos Estados Unidos. De acordo com o gosto musical da época, os primeiros discos contemplavam a música clássica, mas, já na década de 1930, surgiam discos de música ligeira. A rádio, com emissoras potentes em todos os continentes, além da informação, tinha a programação baseada na música, estimulando a indústria fonográfica e impondo gostos musicais. Em meados da década de 1940, apareceu o magnetofone, um gravador de fita magnética, de origem alemã, mais fiável que o gravador de fita de aço americano. Após a II Guerra Mundial, a rádio e os gira-discos tornaram os lares burgueses em verdadeiras pistas de dança, com músicas alegres. As tecnologias de registo sonoro evoluíram tanto que se adicionaram pistas de gravação e se manipularam sons que os registos iniciais não comportavam. Seriam os casos dos discos Pet Sounds, dos Beach Boys (1966), com a música Good Vibrations, e Sgt Pepper’s Lonely Hearts Band, dos Beatles (1966-1967), cuja reprodução num concerto ao vivo se tornou impossível. A indústria fonográfica ganhava à rádio, até aí a grande produtora dos gostos estéticos.</p> Rogério Santos ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 407 412 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12964 Remarkable creatures: fictionalising the role of women in the advancement of early-nineteenth-century science https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12965 <p>Do ponto de vista da ficcionalização da ciência na literatura e do contributo das mulheres para o desenvolvimento científico, o artigo discute a forma como a prática da paleontologia e os estudos geológicos são representados, através de duas personagens femininas, contemporâneas de Jane Austen, na ficção histórica britânica da actualidade. Após algumas considerações gerais sobre a construção do romance histórico na contemporaneidade, bem como sobre a real condição dos estudos em paleontologia e geologia nas primeiras décadas do século XIX, o artigo centrar-se-á na análise do modo como a escolha destas duas áreas das Ciências da Terra, serviram os propósitos da autora.</p> Gabriela Gândara Terenas ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 413 432 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12965 Taste it!: provar o mundo: (a propósito da viagem de Magalhães e Elcano) https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12966 Inês Espada Vieira ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 433 434 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12966 Recordamos um dia de trabalho... https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12969 Ana Costa Lopes Marília dos Santos Lopes ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 437 438 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12969 Afinidade: recordando a professora Laura Pires https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12971 Ana Margarida Abrantes ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 439 442 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12971 Poemas: Adeus, Eterno retorno, Ícaro e Poesia https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12972 Edward Loony ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 443 444 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12972 Poemas: A mãe e A Ucrânia invadida - poemas inéditos https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12973 Yvette Centeno ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 445 448 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12973 Testemunho https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12974 Manuel J. do Carmo Ferreira ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 449 450 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12974 Em jeito de homenagem https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12975 Maria da Glória Garcia ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 451 452 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12975 In memoriam MLBP https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12976 Peter Hanenberg ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 453 454 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12976 Da afabilidade e dos encontros que não terminam https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12977 Alexandra Lopes ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 455 456 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12977 Em homenagem à professora doutora Maria Laura Bettencourt Pires https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12978 Aurora Martins Madaleno ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 457 458 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12978 Testemunho https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12979 Nelson Ribeiro ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 459 460 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12979 Testemunho sobre a prof.ª Maria Laura Pires https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12980 José Miguel Sardica ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2022-12-01 2022-12-01 22 461 461 10.34632/gaudiumsciendi.2022.12980