O papel das estruturas intermédias na inclusão dos alunos com necessidades educativas especiais no ensino secundário

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Cristina Rocha Matos
João Esteves Salgueiro

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo divulgar os resultados de um estudo empírico levado a cabo no Agrupamento de Escolas do Sátão, onde funciona uma Unidade de Multideficiência e Surdo Cegueira Congénita, no sentido de percecionar o papel desempenhado pelas estruturas de gestão intermédia na inclusão dos alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE) no ensino secundário. O alargamento da escolaridade obrigatória para doze anos levou-nos a questionar a forma como as lideranças intermédias estariam a preparar a chegada destes alunos às escolas do ensino secundário e, nesse sentido, efetuámos uma investigação qualitativa, de tipo descritivo, baseada na entrevista e com recurso à análise documental. Dos resultados obtidos salientamos a posição das lideranças que defenderam a inclusão parcial (se e quando houver condições por parte das escolas). Embora demonstrando consciência da importância do seu papel no sucesso educativo dos alunos com NEE, reconhecem a sua falta de iniciativa junto da comunidade educativa, no sentido de desenvolverem as ações necessárias para a obtenção desse sucesso.

Palavras-chave: Estruturas intermédias, Lideranças intermédias, Escolaridade obrigatória, Necessidades Educativas Especiais, Inclusão

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