O contributo do compromisso organizacional e do empowerment psicológico para as organizações positivas

Main Article Content

Christelle Almeida Macário
https://orcid.org/0000-0001-9662-1976
Célia Ribeiro
https://orcid.org/0000-0002-1000-6890
Paulo Pereira
https://orcid.org/0000-0002-3941-8274

Resumo

No atual ambiente competitivo, a centralização do poder e a falta de autonomia dos colaboradores são características que impedem o desenvolvimento das organizações. Com isso surgiu a necessidade de verificar a utilização do empowerment como uma ferramenta de poder e, consequentemente, do comprometimento com a organização. Este estudo teve como objetivo principal verificar o contributo do comprometimento organizacional e do empowerment psicológico para as organizações positivas. A componente empírica foi suportada por um estudo de caráter exploratório, quantitativo, descritivo-correlacional, com uma amostra constituída por 205 participantes pertencentes a três organizações com a mesma dimensão (média), do setor industrial. Foi aplicado um questionário, onde a primeira parte é destinada a analisar os dados sociodemográficos, e outra a medir o empowerment psicológico e o comprometimento organizacional através de duas escalas (Spreitzer, 1995; Rego & Souto, 2002, 2004). De acordo com os resultados obtidos, as dimensões das duas variáveis apresentam relações significativas entre si e contribuem positivamente para a perceção dos colaboradores sobre o comprometimento e sobre o empowerment psicológico. Em síntese, em linhas gerais, tanto em termos teóricos como empíricos, verifica-se que estas duas variáveis constituem um contributo significativo para as organizações positivas, dado que são ferramentas essenciais para o sucesso das mesmas e para a satisfação dos seus elementos.

Palavras-chave: Organizações positivas, Comprometimento organizacional, Empowerment psicológico

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Ahearne, M., Mathieu, J., & Rapp, A. (2005). To empower or not to empower your sales force? An empirical examination of the influence of leadership empowerment behavior on customer satisfaction and performance. Journal of Applied Psychology, 90(5), 945-955. https://doi.org/10.1037/0021-9010.90.5.945

Ahmad, N., & Oranye, O. (2010). Empowerment, job satisfaction and organizational commitment: a comparative analysis of nurses working in Malaysia and England. Journal of Nursing Management, 5, 582-591. https://doi.org/10.1111/j.1365-2834.2010.01093.x

Albar, M., García-Ramírez, M., Jiménez, A., & Garrido, R. (2012). Spanish adaptation of scale of psychological Empowerment in the workplace. Spanish Journal of Psychology, 15(2), 793-800. https://doi.org/10.5209/rev_SJOP.2012.v15.n2.38891

Al-Dweik, G. Al Daken, L. Abu Snieneh, H. & Ahmad, M. (2015). Work- Related Empowerment among Nurses: Literature Review. The International. Journal of Productivity and Quality Management, 1-22. https://doi.org/10.1504/IJPQM.2016.078885

Allen, N., & Meyer, J. (1993). Organizational Commitment: Evidence or Career Stage Effects? in González, T.F., Guillén, M. Organizational Commitment: A proposal for a wider ethical concetualization of «Normative Commitment». Journal of Business Ethics, 78, 401-414.

Almeida, H. & Orgambídez-Ramos, A. (2015). Comportamento organizacional, guia de apoio ao estudante universitário (2ª ed.). Faro: Sílabas & Desafios.

Bakker, A., & Oerlemans, W. (2010). Subjective well being in organizations. In Kim S. Cameron and Gretchen M. Spreitzer (Eds), The Oxford Handbook of Positive Organizational Scholarship (178-189). Nova Iorque: Oxford University Press, Inc. Publishers. https://doi.org/10.1093/oxfordhb/9780199734610.013.0014

Bastos, A. (1994). Comprometimento no trabalho: a estrutura dos vínculos do trabalhador com a organização, a carreira e o sindicato (Tese de doutoramento). Universidade de Brasília, Brasília.

Bordin, C., Bartram, T., & Casimir, G. (2007). The antecedents and consequences of psychological empowerment among Singaporean IT employees. Management Research News, 30(1), 34-46. https://doi.org/10.1108/01409170710724287

Butler, G. & Vadanovich S. (1991). The relationship between work values and normative and instrumental commitment. The Journal of Psychology, 126(2), 139-146. https://doi.org/10.1080/00223980.1992.10543348

Choi, H. G., & Ahn, S. H. (2016). Influence of nurse managers`authentic leadership on nurses` organizational commitment and job satisfaction: focused on the mediating effects of empowerment. Journal of Korean Academy of Nursing, 46, 100-108. https://doi.org/10.4040/jkan.2016.46.1.100

Chong, S., Teoh, W., & Qi, Ye. (2015). Comparing customer satisfaction with china Mobile and china telecom services: an Empirical study. The Journal of Developing Areas, 2, 1083- 1094. https://doi.org/10.1353/jda.2015.0098

Cicolini, G., Comparcini, D. & Simonetti, V. (2014). Workplace empowerment and nurses’ jobsatisfaction: a systematic literature review. Journal of Nursing Management, 22, 855-871. https://doi.org/10.1111/jonm.12028

Cohen, A. & Veled-Hech, A. (2010). The relationship between organizational socialization and commitment in the workplace among employees in long-term nursing care facilities. Personel Review, 39(5), 537-556.

Cohen, A. (1993). Age and tenure in relation to organizational commitment: A metaAnalysis. Basic and Applied Social Psychology, 14 (2), 143-159. https://psycnet.apa.org/doi/10.1207/s15324834basp1402_2

Cunha, M., Rego, A., & Cunha, R. C. (2007). Organizações Positivas. Lisboa: Publicações Dom Quixote.

Demirer, H., Güres, N. & Akgül, V. (2010). Organizational Commitment and Job Satisfaction: The influence of individual and organizational fators on sales persons work attitudes in Travel Agencies. Mustafa Kemal University Journal of Social Sciences Institute, 7 (14), 41-62.

Dessen, M., & Paz, M. (2010). Bem-estar Pessoal nas Organizações: O Impacto das configurações de poder e características de personalidade. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 26 (3), 549-556. https://doi.org/10.1590/S0102-37722010000300018

Dias, D. & Filho, A. (2008). Valores Organizacionais e Comprometimento: Um estudo de Empresas do Setor Siderúrgico Mineiro. Encontro da ANPAD, Rio de Janeiro.

Fagulha, A. & Moreira, C. (2009). Organizações positivas, organizações saudáveis. Lisboa: Universidade de Lisboa.

Feltner, A. Mitchell, B., Norris, E., & Wolfle, C. (2008). Nurses’ views on the characteristics of an effective leader. Association of Peri-operative Registered Nurses Journal, 87(2), 363372. https://doi.org/10.1016/j.aorn.2007.07.010

Fink, S. (1992). High commitment workplaces. New York. Quorum Books.

Fortin, M. (2009). O Processo de Investigação: da conceção à realização (5ª. ed., N. Salgueiro, Trad.). Loures: Lusociência – Edições Técnicas e Científicas.

Galunic, D. C. & Eisenhardt, K. M. (2001). Architectural innovation and modular corporate forms. Academy of Management Journal, 44(6), 1229-1249. https://doi.org/10.2307/3069398

García-Mas, A., Olmedilla, A., Morilla, M., Rivas, C., Quintero, G. E. & Toro, O.E., (2006). Un nuevo modelo de cooperación deportiva y su evaluación mediante un cuestionario. Psicotherma, 18(3), 425-432.

Hashemy, S., Yousefi, M., Soodi, S. & Omidi, B. (2016). Explaining human resource empowerment pattern and organizational excellence among employees of emergency of Guilan's University Hospitals. Procedia-Social and Behavioral Sciences, 230, 6-13. https://doi.org/10.1016/j.sbspro.2016.09.002

Istomina, N., Suominen, T., Razbadauskas, A., Martinkenas, A., Kuokkanen, L., & Leino-Kilpi, H. (2011). Lithuanian nurses’ assessments of their empowerment. Scandinavian journal of caring science, 26, 3–11. https://doi.org/10.1111/j.1471-6712.2011.00894.x

Joaquim, S. F. B. O. (2012). Organizações Positivas: Influência na Satisfação com a Função. (Dissertação de mestrado) Universidade dos Açores, Açores.

Judeh, M. (2011). Role ambiguity and role of conflit as mediators of the relationship between orientation and organizational commitment. International Business research, 4(3),171-181. https://doi.org/10.5539/ibr.v4n3p171

Kazlauskaite, R., Buciuniene, I., & Turauskas, L. (2012). Organisational and psychological empowerment in the HRM-performance linkage. Employee Relations, 2, 138-158. https://doi.org/10.1108/01425451211191869

Kuabara, P. & Sachuk, M. (2010). Estudo do Comprometimento Organizacional na PEM – Penitenciária Estadual de Maringá. Em Qualit@s Revista Eletrônica, 9(3), 1-15. http://dx.doi.org/10.18391/qualitas.v9i3.693

Laschinger, H. K. S., Purdy, N., & Almost, J. (2007). The impact of leader-member exchange quality, empowerment, and core self-evaluation on nurse manager’s job satisfaction. Journal of Nursing Administration, 37(5), 221-229. https://doi.org/10.1097/01.nna.0000269746.63007.08

Laschinger, H., Finegan, S., & Wilk, P. (2004). A longitudinal analysis of the impact of workplace empowerment on work satisfaction. Journal of Organizational Behavior, 25, 527– 545. https://doi.org/10.1002/job.256

Leite, C. (2004). O comprometimento organizacional na gestão pública: Um estudo de caso em uma universidade estadual (Dissertação mestrado). Universidade Federal da Bahia: Salvador.

Mathieu, J. E., & Zajac, D. (1990). A review and meta-analysis of the antecedents, correlates, and consequences of organizational commitment. Psychological Bulletin, 108, 171–194. https://psycnet.apa.org/doi/10.1037/0033-2909.108.2.171

Medeiros, C., Albuquerque, L., Siqueira, M. & Marques, G. (2003). Comprometimento organizacional: o estado da arte da pesquisa no Brasil. Revista de Administração Contemporânea, 7(4), 187-209. https://doi.org/10.1590/S1415-65552003000400010

Menon, S. T. (2001). Employee empowerment: an integrative psychological approach. Applied Psychology: An international Review, 1, 153-180. https://doi.org/10.1111/1464-0597.00052

Meyer, J. & Allen, N. (1997). Commitment in the workplace: Theory, research, and application. Thousand Oaks, CA: Sage Publications. https://doi.org/10.4135/9781452231556

Meyer, J. & Allen, N. (1991). A three component conceptualization of organizational commitment. Human Resource Management Review, 1(1), p. 61-89. https://doi.org/10.1016/1053-4822(91)90011-Z

Meyer, J. & Herscovitch, L. (2001). Commitment in the workplace: Toward a general model. Human Resource Management Review, 11, 299-326. https://doi.org/10.1016/S1053-4822(00)00053-X

Meyer, J., Allen, N. & Smith, C. (1993). Commitment to organizations and occupations: extension and test of a three-component conceptualization. Journal of Applied Psychology, 78(4), 538-551. https://psycnet.apa.org/doi/10.1037/0021-9010.78.4.538

Müller, M., Rauski, E., Eyng, I., & Moreira, J. (2005). Comprometimento Organizacional: Estudo de Caso no Supermercado “Beta”. Revista Gestão Industrial, 1(4), 511-518. http://dx.doi.org/10.3895/S1808-04482005000400010

Nascimento, D.F. (2012). A influência do comprometimento organizacional na satisfação no trabalho em voluntariado. Universidade Lusófona de Humanidades de Tecnologias Lisboa. http://hdl.handle.net/10437/3535

Pinto, V. (2010). Liderança Positiva – Um estudo exploratório na Toyota Caetano de Portugal. (Dissertação de mestrado). Universidade de Aveiro. http://hdl.handle.net/10773/5475

Rego, A. & Souto, S. (2002). Comprometimento organizacional: Um estudo luso-brasileiro sobre a importância da justiça. Encontro da ANPAD (Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Administração), Salvador, Brasil.

Rego, A. & Souto, S. (2004). Comprometimento organizacional em organizações autentizóticas. Revista de Administração de Empresas, 44(3), 30-43. https://doi.org/10.1590/S0034-75902004000300004

Román, J., Pereira, P. & Ribeiro, C. (2019). Empowerment Estructural: Potenciando la Capacidad Innovadora de las Organizaciones. Gestão e Desenvolvimento, 27, 55-80. https://doi.org/10.7559/gestaoedesenvolvimento.2019.374

Silva, C., & Martínez, M. (2004). Empoderamiento: proceso, nivel y contexto. Psykhe, 13(1), 29-39. http://dx.doi.org/10.4067/S0718-22282004000200003

Silva, J., & Vergara, S. (2003). Sentimentos, subjetividade e supostasresistências à mudança organizacional. Revista de Administração de empresas, 43(3), 10-21. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-75902003000300002

Sommer, S., Bae S., & Luthans F. (1996). Organizational commitment across cultures: the impact of antecedents on Korean employees. Human Relations, 49(7),977-993. https://doi.org/10.1177%2F001872679604900705

Spreitzer, G. M. (1995). Psychological Empowerment in the Workplace: Dimensions, Measurement, and Validation. The Academy of Management Journal, 38(5), 1442-1465. https://doi.org/10.2307/256865

Spreitzer, G. (2007). Taking stock: a review of more than twenty years of research on empowerment at work. In.: Cooper, C.; Barlin, J. (Org.). Handbook of organizational behavior. Sage Publications.

Thomas, K., & Velthouse, B. (1990). Cognitive elements of empowerment: an"interpretive"model of intrinsic task motivation. Academic Management Review, 15(4), 666-681. https://doi.org/10.2307/258687

Wang, X. (2007). Learning, job satisfaction and commitment: an empirical study of organizations in China. Chinese Management Studies, 1(3), 167-179. https://doi.org/10.1108/17506140710779285

Wilkinson, A. (1998). Empowerment: Theory and practice. Personnel Review, 27(1), 40-56. https://doi.org/10.1108/00483489810368549