Corpo e movimento em Maine de Biran: uma leitura henryana

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Janilce Silva Praseres

Resumo

Este artigo trata da abordagem fenomenológica da ontologia biraniana realizada por Michel Henry na obra Philosophie et phénoménologie du corps1, publicada em 1965 (embora redigida pelo autor nos anos de 1948-1949, como capítulo projetado para a obra L’Essence de la manifestation, concluída em 1961 e publicada em 1963). Mais precisamente, buscar-se-á explicitar e apresentar a análise henryana sobre o corpo e o movimento a partir de Maine de Biran. O nosso corpo é antes de tudo um corpo vivo que, além de movimento, também é sentir, de modo que é dessa corporeidade, desse pathos imediato, que emerge o saber sobre o corpo que tanto tem concitado os filósofos mais célebres ao longo da história da filosofia. Portanto, o que é que a relação do movimento e do sentir nos diz acerca da especificidade do corpo? Ou ainda, o que podemos dizer a respeito do movimento, da ação e do sentir a partir do corpo, dos poderes próprios do corpo? Este corpo que é ao mesmo tempo o lugar da Vida, a qual além de um conjunto de necessidades, de desejos e de poderes, também simultaneamente é padecer e fruir, sofrer e alegrar-se, ou até mesmo a possibilidade de desespero de si.

Palavras-chave: Corpo, Movimento, Sentir, Maine de Biran, Michel Henry

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