Inquisição, judeus e a Lenda Negra. O debate que definiu as visões de Espanha e da sua história (1780-1848)

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Roberto López Vela
https://orcid.org/0000-0003-0485-7100

Resumo

Alguns espanhóis esclarecidos distanciaram-se da Inquisição e do seu modelo confessional. José Rodríguez de Castro identificou os autores “judeus espanhóis”, tão importantes na Idade Média. O Santo Ofício espanhol foi abolido por três vezes, por Napoleão em 1808, nas Cortes de Cádis, no meio de uma grande controvérsia, e em 1820. Estas abolições expressaram a crise do Antigo Regime e a ruptura em relação à historiografia anterior. Com importante documentação inquisitorial, o afrancesado Juan Antonio Llorente não só fez uma história «crítica» do Tribunal, como também destacou a repressão contra os judeus. Sempere Guarinos, também afrancesado, relacionou a fundação do Santo Ofício e a espoliação dos judeus à criação do Estado espanhol. Na mesma linha, José Amador de los Ríos colocou a Idade Média e os judeus como elementos definidores da identidade dos espanhóis. A sua obra teria uma grande influência em Modesto Lafuente e na historiografia liberal espanhola.

Palavras-chave: José Rodriguez de Castro, Juan Antonio Llorente, Historiografia liberal, José Amador de los Rios

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