Mulheres sob custódia: as comunidades de clarissas como espaços de obediência e autonomia (séculos XIII e XIV)

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Maria Filomena Andrade

Resumo

A Ordem de Santa Clara teve um papel fundamental na vivência da espiritualidade feminina na Idade Média em Portugal. Aos conventos de clarissas chegavam mulheres de todos os estratos sociais revelando a vitalidade da mensagem de Francisco e de Clara. Sujeitas ao voto de clausura e tuteladas pelos Franciscanos, estas comunidades parecem “encerrar” mulheres submetidas e vigiadas pelo poder masculino. Como se relacionam estas mulheres com o mundo masculino que as tutela e que com elas interage? E, estando sujeitas à clausura, como é que estas comunidades estabelecem relações com o mundo que as rodeia? De monjas tuteladas e vigiadas, as clarissas passam a tomar um papel de protagonistas da sua história, construindo comunidades vivas e atuantes, onde as mulheres assumem os seus papéis de liderança e concitam dos homens uma atitude de interajuda e de solidariedade de forma a viverem de forma autónoma mas em constante relação com o mundo exterior.

Palavras-chave: Monaquismo feminino, Clarissas, Franciscanos, Vigilância, Família conventual

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