A oposição católica ao Marcelismo (1968-1974)
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Resumo
O artigo analisa a evolução das relações entre a Santa Sé, o episcopado português, o Governo do Estado Novo e a oposição católica durante o período do Marcelismo (1968-1974). É discutida a operacionalidade de conceitos como «oposição católica» e «católicos progressistas». As características daquela e destes são pensadas à luz dos condicionalismos da guerra colonial e das correntes ideológicas e teológicas dos anos 60 e 70. O novo fôlego do regime é visto por alguns católicos vindos da oposição como uma possibilidade de transição pacífica para a democracia mas também suscita, desde o início, uma radicalização de posições de «católicos progressistas».