Retórica de corte no primeiro humanismo em Portugal

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Nair Nazaré Castro Soares

Resumo

O processo formativo do Homem e a sua educação integral privilegiam a componente retórica, indispensável à capacidade oratória, à arte da palavra. A nova era, a que a corte de Avis serviu de pórtico, manifesta um enorme interesse pela formação dos cidadãos, à semelhança do famoso ―humanismo cívico‖ florentino. A abertura ao movimento humanista e aos novos métodos pedagógicos não se fez sem uma certa resistência da instituição universitária. Foi sobretudo na corte, e dentro do mecenatismo régio ao ensino dos nobres, que, tanto em Portugal como na Espanha, a modernidade no ensino das humaniores litterae se impôs definitivamente. A oratória civil, a força civilizadora da palavra, a afirmação do poder real, a acção humana, o ideal cortesanesco e a gesta lusa, as armas e as letras imprimem um cunho de identidade nacional a esta época áurea das cortes europeias. 

Palavras-chave: Primeiro Humanismo Português, Retórica e educação integral, Oratória civil e afirmação do poder régio, Armas e letras, Universalidade épica da nação lusa

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