Do Éden à Jerusalém Celeste: a peregrinação e o santuário em perspetiva bíblica

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João Alberto Sousa Correia

Resumo

A mobilidade é uma das características fundamentais do ser humano e, por isso, transversal a todos os humanos, de todos os tempos e latitudes. Quando a motivação é religiosa, assume o nome de “peregrinação” e, por regra, tem como destino um santuário. De facto, a peregrinação assume-se como um dos mais típicos fenómenos humanos e religiosos e o santuário um dos destinos privilegiados e universais do humano peregrinar. Pretende este estudo abordar o fenómeno em perspetiva bíblica, começando pelo Antigo Testamento (Israel, um povo peregrino e estrangeiro) e passando depois ao Novo Testamento (A peregrinação de Jesus, dos discípulos e das comunidades crentes). Dentro de cada um destes capítulos, o estudo percorre as mais significativas passagens em que o assunto é tratado e assim conclui que, a deslocação geográfica, psicológica e espiritual está inscrita na nossa natureza ou essência, faz parte da nossa condição, é um dos traços específicos da humanidade; para quem é crente, a peregrinação é sempre uma oportunidade para refazer a experiência da fé; sendo o ser humano, por natureza, homo viator, é na condição de peregrinos que percebemos melhor a sua natureza e condição. Será, por isso mesmo, na atitude de quem está em trânsito para a Jerusalém celeste que nos preparamos para acompanhar os fenómenos de peregrinação que, hoje como ontem, desafiam a Igreja e muito concretamente a pastoral dos santuários.

Palavras-chave: Peregrinação, Santuário, Estrangeiro, Israel, Terra, Templo, Jesus, Comunidades crentes

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