Teresa de Jesus, icono bíblico

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Maximiliano Herráiz García

Resumo

Podemos afirmar com segurança que o mesmo Espírito que ilumina e guia os autores bíblicos é o mesmo que conduz os escritores e também se comunica, no ato de transmitir aos demais as graças que lhes são concedidas. E o Deus que se lhes comunica guia-os para que se exprimam biblicamente, com forte ressonância do que “ouvem” e “leem” na Bíblia. Como o nosso estudo quer mostrar, Teresa é um caso típico desta busca e sintonia com a palavra das Escrituras, pois “não queria [falar de si mesma] mas saber se em tudo estava conforme à Sagrada Escritura” (CC 53). Lamentando que a Igreja do seu tempo proibisse o povo simples de ler a Bíblia, Teresa lamenta que: “também as mulheres fiquem tão longe de gozar as riquezas do Senhor” (Mc 1,8). E, desafiando todos os perigos, põe-se a escrever para mulheres suas “meditações” sobre o Cântico dos Cânticos. Além disso, fundamenta a sua doutrina sobre a oração-amizade, sua teologia e antropologia, sobre Pai Nosso, compêndio das Escrituras, “o livro que não nos poderão tirar”, diz, criticando a Igreja hierárquica masculina. Ora, como diz Teresa, a compreensão da Escritura é obra do amor, pois nela nos é revelado o amor de Deus pela humanidade.

Palavras-chave: Teresa de Jesus, Escrituras, Palavra, Mulher, Igreja, Pai Nosso

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