«Onde abundou o pecado superabundou a graça»

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Armindo dos Santos Vaz

Resumo

Partindo de uma nova interpretação de Gn 2-3, entendido como mito de origem que, portanto, não descreve um «pecado original», propõe-se aqui uma consequente nova interpretação de Rm 5,12-21, texto citado na 5.ª sessão do concílio de Trento, no decreto sobre o pecado original (17.6.1546). A exegese que a propõe lê o texto de Paulo, não como teologia dogmática, mas como midráš, o método judaico que explicava o texto sagrado canónico em forma de busca de sentido antropológico e teológico para situações presentes. Lido o texto como midráš, o recurso à unicidade do ’ādām aparece simplesmente como trampolim para ilustrar a visão universalista da condição pecaminosa histórica da humanidade antes de Jesus e, sobretudo, para afirmar a – então – necessária salvação universal gratuita por mediação de Jesus. Não é teologia do «pecado original», mas da redenção.

Palavras-chave: Rm 5,12-21, Salvação universal, Pecado, Pecado original, Graça, Midráš

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