Coord. by Susana Vilas Boas and Ianire Angulo Ordorika

Na era contemporânea tem-se vindo a assistir ao desenvolvimento de inúmeros conflitos e tensões sociais e eclesiais. O conflito armado tem vindo a intensificar-se e, mesmo na Europa, foi quebrado o tempo de paz estabelecido no rescaldo da Segunda Guerra Mundial. Ao mesmo tempo, a pluralidade de religiões, culturas e partidarismos políticos presentes numa mesma sociedade vão criando tensões e reavivando a memória de um passado sangrento entre as diferentes sociedades. No seio do Cristianismo, a juntar ao espartilhamento resultante de cisões e cismas históricos, junta-se agora a problemática dos abusos e o modo como o sacramento da reconciliação tem vindo a ser encarado e vividos. Pouco a pouco, o mundo parece gritar por um caminho capaz de conduzir a uma paz durável e a um bem comum em que ninguém é excluído. Um grito em favor da humanização do ser humano e das sociedades que não deixa de ser, paradoxal e simultaneamente, um grito em direção a Deus.

Os dinamismos do perdão parecem afigurar-se como resposta possível à realidade sofredora atual. No entanto, dependendo do modo como cada um entende o perdão, este caminho pode, ou não, ser trilhado de forma autêntica. Será o perdão caminho de possibilidade sanatória da realidade vigente? Será ele sinónimo de reconciliação? Para os crentes católicos, onde se encaixa, neste processo, o perdão sacramental? Cabe à teologia refletir e clarificar os conceitos de perdão, reconciliação e absolvição para abrir portas a uma ação concreta em favor do Bem Comum e da Paz. Apenas pela compreensão teológica dos termos se pode ir para além da sua teorização. Nesse sentido, acolheremos contributos focados nos seguintes tópicos:

- Teologia do perdão
- Psicologia do perdão
- Teologia da reconciliação
- Ética da reconciliação
- Absolvição e prática sacramental
- Dinamismos do perdão: possibilidades face às problemáticas inter-religiosas, dos abusos, da política e da sociedade.

 

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