O Papa, o teólogo e o poeta: uma análise da linguagem poética e metafórica de Francisco à luz da filosofia da linguagem de Paul Ricœur

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Donizete José Xavier

Resumo

Com o título “O Papa, o teólogo e o poeta”, este artigo pretende demonstrar que a linguagem utilizada pelo Papa Francisco está dotada de sentido teológico, o que atesta ao seu governo um posicionamento prático capaz de obter pela via argumentativa uma sistematização teórico-teológica. É próprio de Francisco tecer seus discursos e pronunciamentos com imagens e metáforas, o que permite conferir e elucidar o grau de profundidade de sua linguagem, de tal forma que a mesma o revela como um “Papa linguístico”. Se quisermos entender o fenômeno Francisco, a questão de sua linguagem é fundamental. Sendo assim, recorremos às nuances da filosofia da linguagem de Paul Ricœur para realizar uma análise da linguagem poética e metafórica  de Francisco. Nesse sentido, objetiva-se demonstrar num primeiro plano que na linguagem do Sumo Pontífice há uma junção entre linguística e teologia que se opera pela mediação da linguagem destacando a sua capacidade criativa. Com um discurso poético, como o faz com maestria, Francisco traz à linguagem aspectos, qualidades, valores da realidade que, como afirma Ricœur, só podem ser ditos graças ao jogo complexo da enunciação metafórica e da transgressão regrada das significações usuais das nossas palavras.  A linguagem de Francisco é rica em metáfora e em analogia pastoral. É linguagem cognitiva, afetiva, ética e testemunhal. 

Palavras-chave: Linguagem, Metáforas, Poética, Teologia, Palavra

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