A educação física nos tempos de crise: que estatuto emerge?

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Nuno Miranda e Silva
http://orcid.org/0000-0002-3574-7679
Sónia Pereira Dinis
https://orcid.org/0000-0002-4492-0322

Resumo

O estatuto da Educação Física (objetivos, meios, instrumentos) tem tido acompanhamento científico, porque traduz o investimento político na disciplina e permite acompanhar o seu grau de integração/marginalização no sistema educativo. Contudo, os professores são livres para interagir e fazer emergir um estatuto informal (valores e crenças) capaz de influenciar as práticas letivas e sobre o qual pouco sabemos. Para preencher este vazio, implementamos uma investigação interpretativa, de abordagem qualitativa, na modalidade Grounded Theory e recorremos à análise documental, a partir de dois momentos de crise: a exclusão (a classificação da disciplina esteve excluída do acesso ao ensino superior) e a pandemia. Os resultados sugerem que o Estatuto emergente determina paridade com as restantes disciplinas e adaptação permanente dos processos, de tal forma que a Educação Física parece perder limites. Conclui-se que esse Estatuto pode agudizar a marginalização da Educação Física, o que aconselha ao investimento em processos reflexivos sobre as suas consequências.

Palavras-chave: Educação física, Estatuto, Crises

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