A emergência das escolhas individuais como um princípio curricular no Brasil: uma crítica à escola do neoliberalismo

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Roberto Rafael Dias da Silva
http://orcid.org/0000-0001-6927-3435
Renata Porcher Scherer
https://orcid.org/0000-0003-2331-1453

Resumo

No decorrer do presente artigo pretende-se problematizar a emergência das escolhas individuais dos estudantes como um princípio curricular para a escolarização dos adolescentes e jovens brasileiros, na medida em que vem acompanhada de uma nova gramática formativa. Para tanto, serão revisados os estudos sobre a valorização da voz do alunado, dialogando com elaborações recentes e priorizando uma abordagem mais sistemática das publicações de Michael Fielding, especificamente de seu conceito de ‘aprendizagem intergeracional’. Após os conceitos de voz do alunado terem sidos percorridos e dimensionados no âmbito das políticas neoliberais, serão discutidos os resultados investigativos produzidos acerca do novo ensino médio, no Brasil, atribuindo ênfase para as noções de projetos de vida, protagonismo juvenil e competências socioemocionais. Por fim, como um balanço das considerações apresentadas, serão defendidos três princípios para a revalorização da voz dos estudantes por meio da aprendizagem intergeracional. Esta defesa, desde um ponto de vista pedagógico, encaminha para que possamos produzir resistência aos excessos de individualização advindos das políticas curriculares de inspiração neoliberal e, com a necessária urgência, reingressar na luta política em torno dos significados da participação estudantil.

Palavras-chave: Currículo, Políticas educacionais, Vozes do aluno, Brasil

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