Autonomia e flexibilidade curricular: que impactos na ação organizacional escolar?

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Carla Baptista
http://orcid.org/0000-0002-2549-0996
José Matias Alves
https://orcid.org/0000-0002-9490-9957

Resumo

Orientações legislativas no sistema educativo português enunciam a Autonomia e Flexibilidade Curricular como a forma de as escolas promoverem melhores aprendizagens para todos os alunos. A problemática da nossa investigação assentou na necessidade de compreender se a gramática escolar instituída na ação concreta cumpre as promessas enunciadas, tendo, assim, sido o objeto da nossa investigação a compreensão da forma como a organização escolar se (re)apropria das orientações da legislação escolar relativa à Autonomia e Flexibilidade Curricular. O presente estudo insere-se num paradigma qualitativo interpretativo, centrando-se na descrição e compreensão de realidades específicas e singulares - duas organizações escolares públicas do distrito do Porto, com contextos sociais e culturais distintos. O estudo exploratório realizado assentou na análise de conteúdo de entrevistas semiestruturadas a diretores e de questionários aplicados a professores e a alunos de duas escolas, por forma a tentar compreender-se os impactos das orientações normativas na ação educativa. Os resultados indiciam poucas transformações organizativas, principalmente no núcleo duro do funcionamento quotidiano das escolas e do trabalho pedagógico na sala se aula. Desafios da mudança escolar através de normativos terão tendência a não surtir efeito.

Palavras-chave: Inovação e mudança educativa, Organização escolar, Autonomia e flexibilidade curricular

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