Como sobreviver à aprendizagem ao longo da vida como blame policies do mundo moderno

Main Article Content

Ângela Bragança
José Manuel Castro
Joaquim Luís Coimbra
https://orcid.org/0000-0001-8755-5698

Resumo

Não há como negar, hoje em dia, a evidência de um discurso disseminado e globalizante, que afirma a importância central da promoção da aprendizagem ao longo da vida. Em Portugal, este discurso tem tomado forma numa aposta política estratégica na qualificação dos cidadãos portugueses adultos, a qual acarreta um, também inegavelmente elevado, investimento financeiro das políticas atuais no Programa Operacional Potencial Humano, concretizadas na Iniciativa Novas Oportunidades (INO). Os primeiros estudos da avaliação externa, desenvolvidos pela Universidade Católica Portuguesa (Valente, Carvalho & Carvalho, 2009), demonstraram, contudo, que, apesar de a participação na INO promover uma maior disponibilidade e capacidade para a aprendizagem ao longo da vida, os ganhos são mais significativos na motivação dos adultos do que na sua participação efetiva em ações de educação e formação. Na análise dos fatores potenciadores ou inibidores desta participação, propõe-se a necessidade de desenvolver uma teoria integradora das influências multidirecionais de diversas variáveis, capaz de se distanciar de uma abordagem unicamente responsabilizadora do indivíduo pela não participação. Sugere-se ainda a importância de promover respostas de orientação vocacional com vista a apoiar o sujeito na gestão das suas trajetórias de aprendizagem e ao nível da construção de significados.

Palavras-chave: Aprendizagem ao longo da vida, Adultos, Orientação vocacional

Downloads

Não há dados estatísticos.