Iniciar ou não a ventilação mecânica invasiva – uma aplicação dos quatro princípios éticos

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Nuno Caires
http://orcid.org/0000-0002-9587-8443
João Paulo Correia
http://orcid.org/0000-0002-6356-7755
Corinna Lohmann
http://orcid.org/0000-0001-8528-4791

Resumo

Introdução: A decisão médica de não iniciação de terapêutica constitui um verdadeiro desafio ético. A ponderação sobre a autonomia, beneficência, não maleficência e justiça pode guiar-nos nesta decisão para alcançar o melhor desenlace clínico possível. Objetivo: Promover a decisão clínica mais adequada, baseando-se nos quatro princípios éticos. Materiais e Métodos: Através da ilustração de um caso clínico de fibrose pulmonar idiopático, pretende-se uma reflexão sobre a iniciação ou não de ventilação mecânica invasiva. Para esse efeito, fez-se uma revisão clássica da literatura sobre os quatro princípios éticos e a instituição de ventilação mecânica invasiva na fibrose pulmonar idiopática. Discussão: Após reflexão clínica, consideramos que o Senhor J. não beneficiaria da instituição de ventilação mecânica invasiva. Informou-se o Senhor J. da sua condição de doença e concordou-se em instituir medidas de conforto, incluindo oxigénio de alto fluxo. O acompanhamento da equipa de cuidados paliativos ocorreu na fase terminal da doença. Conclusão: A aplicação dos quatro princípios éticos fornece uma linguagem e estrutura analítica moral, básica e comum, que deve ser complementada por um suporte compassivo dos familiares, comunicação esclarecedora e partilha de informação essencial. O acompanhamento precoce por uma equipa de cuidados paliativos é essencial.

Palavras-chave: Cuidados paliativos, Ética baseada em princípios, Fibrose pulmonar idiopática, Não iniciação de terapêutica, Ética clínica

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