Omitir a verdade para aliviar sofrimento em situações de fim de vida: uma reflexão ética

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Maria Bairos Menezes
http://orcid.org/0000-0002-3352-4674
Mara Arruda
https://orcid.org/0000-0003-0777-5039
Joana Cardoso
https://orcid.org/0000-0002-4971-4368
Natacha Meira
https://orcid.org/0000-0002-7639-5390
Bernardo Marques da Costa
https://orcid.org/0000-0002-7953-9695

Resumo

Introdução: A comunicação é uma competência fundamental em cuidados paliativos que permite estabelecer uma relação de confiança. A suspensão de uma terapêutica que não traga benefício para o doente constitui um desafio ético e deve ser ponderada com base nos princípios da bioética. Objetivo: Desenvolver uma reflexão com base nos princípios éticos sobre uma situação de omissão da verdade e futilidade terapêutica. Materiais e métodos: Reflexão ética com base num caso clínico, assente em pesquisa bibliográfica. Resultados: Os conflitos éticos presentes no caso exposto foram analisados com base na utilização de placebo, comunicação da verdade, futilidade terapêutica e gestão das emoções da família e equipa. Conclusões: A prática de atos terapêuticos fúteis colide com os princípios éticos. O benefício terapêutico deve ser individualizado para cada doente enquanto pessoa e deve respeitar os restantes princípios éticos de não maleficência, autonomia e justiça. Os conflitos são evitados estabelecendo uma relação médico-doente baseada numa comunicação eficaz, honesta e empática.

Palavras-chave: Bioética, Comunicação, Cuidados paliativos, Futilidade terapêutica, Placebo

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