A prática religiosa e a percepção do sofrimento: um estudo em doentes com cancro e em doentes com dor crónica

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Eduardo Carqueja

Resumo

Numa abordagem holística da Pessoa doente, com ênfase na dimensão espiritual, o objectivo do presente estudo exploratório é verificar se a prática religiosa, em doentes oncológicos e em doentes com dor crónica, diminui a percepção do sofrimento. Aplicaram-se os seguintes instrumentos para colheita de dados: Questionário Sócio-demográfico e Clínico; EVA Dor; IESSD; Versão portuguesa do IPC; Versão portuguesa da HADS; Termómetro do Sofrimento e Escala Visual Analógica de Confiança na Equipa de Saúde. A população alvo compôs-se por doentes adultos com doença oncológica e doentes com dor crónica, com idades compreendidas entre os 18 e os 79 anos, em tratamento ambulatório. Verificou-se que a prática religiosa não diminui a percepção do sofrimento, porém, indicou que quem mais sofre, mais prática religiosa tem. No que concerne ao género, idade, estado civil e escolaridade, estes factores influenciam o sofrimento dos doentes, embora, em dimensões diferentes, nomeadamente, ao nível do sofrimento psicológico, sócio-relacional ou físico. Concluiu-se ainda que, os doentes com dor crónica percepcionam mais sofrimento que os doentes com cancro. 

Palavras-chave: Religião, Fé, Sofrimento, Doença oncológica, Dor crónica

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