Responsabilidade da indústria alimentar, de distribuição e marketing na prevenção da obesidade

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Ana Gomes

Resumo

A incidência e a prevalência quer da pre‑obesidade quer da obesidade têm vindo a aumentar no mundo e, também, em Portugal. Estima‑se que mais de 50% da população mundial será obesa em 2025 se não forem adoptadas medidas concretas, o que justifica bem o facto da Organização Mundial de Saúde ter considerado a obesidade como a epidemia global do século XXI. A génese da obesidade deve‑se a sucessivos balanços energéticos positivos, em que a quantidade de energia ingerida é superior à quantidade de energia gasta pelo organismo, ainda que outros factores, também, determinem a sua origem, nomeadamente genéticos, culturais e comportamentais. O estabelecimento de programas de prevenção adequados e o seu cumprimento rigoroso podem reduzir a taxa de pre‑obesidade e de obesidade. Estes assentam fundamentalmente em três pilares, a saber, a alimentação, a actividade física e a mudança de comportamento e necessitam do envolvimento de todos os parceiros visados, particularmente da família, da escola, e da sociedade onde se inserem. Igualmente determinante é o papel mobilizador e interventivo da indústria alimentar e de bebidas, da distribuição e do marketing que são chamados a rever as suas políticas comerciais voluntariamente ou pelo meio da legislação em vigor. A crescente eclosão de produtos alimentares processados altamente calóricos obriga a indústria agro‑alimentar, e empresas de distribuição, enquanto entidades responsáveis, ao estabelecimento de compromissos empenhados e partilhados que visem a promoção de hábitos alimentares saudáveis.  

Palavras-chave: Prevenção, Obesidade, Indústria agro‑alimentar, Responsabilidade social

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