O que há de novo na terapêutica médica da diabetes mellitus tipo 2?

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M. J. Matos
P. Freitas
D. Carvalho

Resumo

A diabetes mellitus tipo 2 é uma doença progressiva com uma prevalência crescente. O antidiabético ideal será aquele que permita um bom controlo glicémico e altere a história natural da doença, com consequente diminuição da morbilidade e mortalidade associadas às complicações da doença. Terá ainda que demonstrar um bom perfil de segurança, nomeadamente ausência de hipoglicemias, de ganho de peso ou de aumento do risco cardiovascular. Após décadas de estagnação, a terapêutica da diabetes tem conhecido notáveis progressos nos últimos anos, que se traduziram no desenvolvimento de novas classes de fármacos, algumas delas já comercializadas, como as terapêuticas baseadas nas incretinas e os análogos da amilina, e outras em fase de investigação. As terapêuticas baseadas nas incretinas (análogos do glucose‑like peptide‑1 e inibidores da dipeptidil‑peptidase 4) mostraram‑se eficazes na redução da A1c, com baixo risco de hipoglicemias e ausência de ganho de peso (ou mesmo perda, no caso dos primeiros). Parecem ainda poder atrasar a progressão da doença em fases precoces e ter uma acção anti‑aterogenica. Os novos fármacos, nomeadamente os baseados nas incretinas, são promissores, mas terão ainda que demonstrar eficácia e segurança a longo prazo e uma boa relação custo‑eficacia.

Palavras-chave: Diabetes mellitus, Glucose‑like peptide 1, Dipeptidil‑peptidase 4

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