Cuidados paliativos: o que sabem e preferem os portugueses?

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Manuel Luís Capelas
https://orcid.org/0000-0002-8993-6854
Silvia Patrícia Fernandes Coelho
https://orcid.org/0000-0001-8445-5237
Sandra Catarina Fonseca Simões da Silva
https://orcid.org/0000-0003-1813-4632
Bruna Ortega Burmeister
https://orcid.org/0000-0003-0974-5335
Sofia Amado Durão
https://orcid.org/0000-0002-3567-1838
Carla Marinho Teves
https://orcid.org/0000-0002-9520-5492
Ana Sofia Simões
https://orcid.org/0000-0001-9151-8435
Tânia dos Santos Afonso
https://orcid.org/0000-0002-6015-6555

Resumo

Introdução: O desenvolvimento e acessibilidade dos cuidados de saúde dependem do envolvimento direto dos cidadãos e doentes aos quais se destinam. Contudo, nem sempre estes têm o conhecimento adequado para usufruir desses cuidados, configurando-se os cuidados paliativos como um desses exemplos. O baixo nível de conhecimentos pode gerar mitos e preconceitos sobre estes cuidados, reduzir a equidade no acesso e diminuir a qualidade dos cuidados. Só uma aferição detalhada e abrangente do conhecimento do público em geral poderá permitir concretizar campanhas educacionais e políticas dirigidas às necessidades reais. Objetivo: avaliar o conhecimento da população portuguesa relativamente ao conceito, objetivos e formas de trabalho em cuidados paliativos; analisar a influência de características sociodemográficas nos conhecimentos relativamente ao seu conhecimento sobre cuidados paliativos. Materiais e Métodos: Questionário distribuído nas farmácias Holón aderentes de Portugal continental e ilhas, durante os meses de julho a setembro de 2017. Amostra acidental de 795 indivíduos maiores de 18 anos. Os dados foram analisados com recurso a estatística descritiva e analítica. O erro amostral dos dados apresentados é de 3.55% para um nível de confiança de 95%. Parecer favorável da Comissão de Ética para a Saúde da Universidade Católica Portuguesa. Resultados: 90.4% revelam boa conceptualização do conceito de cuidados paliativos; 75.1% identifica adequadamente os seus objetivos; o modo de trabalho é reconhecido por 87.6%. Gostariam de ser cuidados, no final da vida, por estas equipas, 84.6% e que os seus familiares o fossem, 85.7%. As palavras associadas a cuidados paliativos por mais de 50% dos participantes, foram, médicos e bem-estar. Praticamente todas as características sociodemográficas, de uma forma ou outra influenciam os resultados, com especial ênfase, na faixa etária, nível de escolaridade e rendimento económico. Conclusão: Bom conhecimento acerca do conceito, objetivos e forma de trabalho dos cuidados paliativos. Apesar destes resultados, e tendo em conta todos os fatores influentes importa reforçar o processo de disseminação dos conceitos-chave dos cuidados paliativos junto da sociedade portuguesa, visto em alguns setores os resultados obtidos apontarem para défices importantes.

Palavras-chave: Cuidados Paliativos, Portugueses, Conhecimentos, Preferências, Inquérito

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