Indigenous language revitalization through digitalized colonial documents: a comment on Dzubukuá language revival by Tuxá people from Bahia, Brazil

Main Article Content

Leandro Durazzo
http://orcid.org/0000-0001-5160-2835

Abstract

Brazil, due to its hegemonically Portuguese colonization, has had Portuguese as its official language since the 18th century, despite the existence of hundreds of indigenous languages. Given this, indigenous communities historically forced to assume Portuguese as their first language today are trying to revitalize their ancestral languages. One of their strategies is the use of bilingual colonial texts that keep some record of ancient indigenous languages. Thanks to digitization, these bilingual documents, previously restricted to just a few libraries around the world, can now be consulted by anyone with access to digital equipment and the internet. From a ethnological, cosmopolitical, transformational and semiotic perspective, I discuss how an 18th-century bilingual Capuchin catechism written in Portuguese and Dzubukuá is playing a role in the process of revitalizing this language by the Tuxá people of northern Bahia.

Keywords: Indigenous Languge Revitalization, Monolingualism, Indigenous Education, Tuxá People, Dzubukuá Language, Northeast Brazil

Downloads

Download data is not yet available.

References

Andrade, Ugo Maia. 2008. Memória e diferença: os Tumbalalá e as redes de trocas no submédio São Francisco. São Paulo: Humanitas.

Batista, Mércia R. R. 2005. Descobrindo e recebendo heranças: as lideranças truká. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

Bomfim, Anari Braz. 2012. Patxohã, “língua de guerreiro”: um estudo sobre o processo de retomada da língua pataxó. Dissertação (Mestrado em Estudos Étnicos) – Universidade Federal da Bahia, Salvador.

Bonfim, Evandro; Durazzo, Leandro; Aguiar, Maycon. 2021. “O ‘levante linguístico indígena’ no Nordeste, Espírito Santo e Minas Gerais: aspectos teóricos, políticos e etnográficos.” Policromias - Revista de Estudos do Discurso, Imagem e Som, 6(2), 400-422. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/policromias/article/view/46719

Brasil. 1988. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília,: Senado Federal/Centro Gráfico.

Cardoso, Thiago Mota. 2018. Paisagens em transe: ecologia da vida e cosmopolítica Pataxó no Monte Pascoal. Brasília: IEB Mil Folhas.

Carvalho, Maria Rosário de. 1982. “Um estudo de caso: os índios Tuxá e a construção da Barragem de Itaparica.” In: Santos, Sílvio Coelho (org.). O índio perante o Direito (ensaios). Florianópolis: EdUFSC.

Carvalho, Maria Rosário de; Reesink, Edwin B. 2018. “Uma etnologia no Nordeste brasileiro: balanço parcial sobre territorialidades e identificações.” BIB - Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais. São Paulo, n. 87, p. 71-104, 3.

César, América Lúcia. 2006. “Algumas questões a propósito de línguas e construção de identidades étnicas.” Estudos Lingüísticos v. XXXV, p. 52-59.

de la Cadena, Marisol. 2015. Earth Beings: ecologies of practice across Andean worlds. Durham/London: Duke University Press.

Durazzo, Leandro. 2019. Cosmopolíticas Tuxá: conhecimentos, ritual e educação a partir da autodemarcação de Dzorobabé. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2019. Disponível em: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/28628

Durazzo, Leandro. 2021. “A garantia do seguimento indígena: ciência ritual, rede proká e revitalização linguística no Submédio São Francisco.” Policromias - Revista de Estudos do Discurso, Imagem e Som, 6(2), 423-462. Recuperado de https://revistas.ufrj.br/index.php/policromias/article/view/46720

Durazzo, Leandro; Fiori, Ana Letícia de. 2021. “Cosmopolíticas interculturais: dispositivos indígenas de tradução e conhecimento do Baixo Amazonas ao Submédio São Francisco.” Maloca: Revista de Estudos Indígenas, Campinas, SP, v. 4, n. 00, p. e021012. DOI: 10.20396/maloca.v4i00.15098

Fabian, Johannes. 2014. “Ethnography and intersubjetivity: loose ends”. HAU: Journal of Ethnographic Theory 4 (1), p. 199-209, 2014. DOI: https://doi.org/10.14318/hau4.1.008

Ferreira, Mariana Kawall Leal. 2001. “A educação escolar indígena: um diagnóstico crítico da situação no Brasil.” In: Silva, Aracy Lopes da; Ferreira, Mariana Kawall Leal (org.). Antropologia, História e Educação: a questão indígena e a escola. São Paulo: Global, p. 71-111.

Gomes, Jussara Vieira. 1986. Relatório sobre os índios Tuxá (Rodelas, Bahia). Rio de Janeiro: FUNAI/Museu do Índio.

Hohenthal, William D. 1960. “As tribos indígenas do médio e baixo São Francisco.” Revista do Museu Paulista, São Paulo, v. 12, n.s., p. 37-86, 1960.

Jakobson, Roman. 2013. “On Linguistic Aspects of Translation”. Brower, Reuben Arthur (ed.). On Translation. Cambridge, MA and London, England: Harvard University Press, pp. 232-239. DOI: https://doi.org/10.4159/harvard.9780674731615.c18

Lander, Eduardo (org.). 2005. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO.

Lowie, Robert H. 1946. “The ‘Tapuya’.” In: Steward, Julian H. (org.). Handbook of South American Indians. Volume 1: the marginal tribes. Washington: Government Print Office.

Meader, Robert. 1978. Índios do Nordeste: Levantamento sobre os remanescentes tribais do Nordeste brasileiro. Tradução do inglês por Yonne Leite, revista por Aryon D. Rodrigues. Brasília: Summer Institute of Linguistics.

Mignolo, Walter; Walsh, Catherine. 2018. On Decoloniality: concepts, analytics, practices. Durham/London: Duke University Press.

Moraes, Vanessa. 2020. “Reflexões acerca das línguas indígenas do Nordeste e sua invisibilização.” 32ª Reunião Brasileira de Antropologia. Anais […]. Rio de Janeiro: Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Moraes, Vanessa. 2021. “Refletindo sobre as concepções de revitalização linguística e língua morta a partir do contexto kiriri.” Policromias - Revista de Estudos do Discurso, Imagem e Som, 6(2), 487-515. Recuperado de https://revistas.ufrj.br/index.php/policromias/article/view/42315

Nantes, Bernardo de. 1709. Katecismo indico da língua kariris. Material microfilmado. Lisboa: Valentim da Costa Deslandes.

Nantes, Martinho de. 1979 [1706]. Relação de uma missão no rio São Francisco. Relação sucinta e sincera da missão do padre Martinho de Nantes, pregador capuchinho, missionário apostólico no Brasil entre os índios chamados cariris. Tradução e comentários de Barbosa Lima Sobrinho. São Paulo: Nacional; Brasília: INL.

Nimuendaju, Curt. 2017. Mapa etno-histórico. Rio de Janeiro: IBGE.

Pacheco de Oliveira, João (org.). 1999. A viagem da volta: etnicidade, política e reelaboração cultural no Nordeste indígena. Rio de Janeiro: Contra Capa.

Pacheco de Oliveira, João. 2018. “A eclosão do colonial em nosso cotidiano.” Vivência - Revista de Antropologia, n. 51, p. 11-24.

Pompa, Cristina. 2003. Religião como tradução: missionários, Tupi e Tapuia no Brasil colonial. Bauru: Edusc.

Queiroz, José Márcio Correia de. 2008. Aspectos da fonologia Dzubukuá. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife.

Queiroz, José Márcio Correia de. 2012. Um estudo gramatical da língua Dzubukuá, família Karirí. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa.

Ribeiro, Darcy. 1977. Os índios e a civilização: a integração das populações indígenas no Brasil moderno. Petrópolis: Editora Vozes.

Sampaio-Silva, Orlando. 1997. Tuxá: índios do Nordeste. São Paulo: Annablume.

Santos, Juracy Marques dos. 2008. Cultura material e etnicidade dos povos indígenas do São Francisco afetados por barragens: um estudo de caso dos Tuxá de Rodelas, Bahia, Brasil. Tese (Doutorado em Cultura e Sociedade) – Universidade Federal da Bahia, Salvador.

Severi, Carlo. 1993. “La mémoire rituelle. Expérience, tradition, historicité.” In: Monod Becquelin, Aurore; Molinie, Antoinette (éd.). Mémoire de la tradition. Paris: Société d’ethnologie/Université de Paris X-Nanterre, p. 347-364.

Severi, Carlo. 2014. “Transmutating beings: a proposal for an anthropology of thought.” Hau: Journal of Ethnographic Theory 4 (2), p. 41-71. Disponível em: https://doi.org/10.14318/hau4.2.003

Silva, Hilmara Ferreira da; Silva, Juliane Ferreira da; Granadeiro, Daniel da Silva; Granadeiro, Raquel Magalhães de A.; Hanzelmann, Renta da Silva; Machado, William César A.; Passos, Joanir Pereira. 2021. “Videoconferencing, educational strategy in times of the COVID-19 pandemic.” Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 10, p. e583101019267. DOI: 10.33448/rsd-v10i10.19267

UNESCO. Los Pinos Declaration [Chapoltepek] – Making a Decade of Action for Indigenous Languages. Mexico City: UNESCO, 2020.