A importância dos investimentos em ativos intangíveis: apreciação do valor no caso da ILCN, Lda

Main Article Content

Albino Lopes
https://orcid.org/0000-0001-8836-0024

Resumo

Ao escrever este texto, move-nos, tão só, a necessidade de facultar um contributo para o estudo de caso de uma empresa que, apesar de todas as dificuldades (de natureza jurídica e de concorrência desleal por parte de ex-quadros) em que se tem visto envolvida, se orgulha de ter seguido, de forma “coerente, consistente e com as necessárias flexibilidade e reatividade” (Moscovici, 1976), as melhores recomendações estratégicas. Para simplificar, a gerência fez uma Gestão Estratégica de Recursos Humanos (GERH) cuidada e suportada teoricamente. A gerência tem-se apoiado nos ensinamentos de autores de referência, desde o Prof. Henri Mintzberg ao empresário Steve Jobs, mesmo que a ILCN, Lda não passe de uma pequena organização portuguesa da área da saúde. Efetivamente, Mintzberg (2015  assumia, nos finais dos anos 90, a ideia de que as organizações de saúde públicas deviam ser libertadas dos vícios da gestão burocrática (ou burocrático-profissional, para sermos precisos), sem concessão do poder de controlo ao corpo técnico-clínico; acerca das organizações privadas, segundo o mesmo autor, elas deveriam libertar-se da tendência para implementarem uma liderança de tipo hierárquico-patronal. Quanto ao ex-líder da Apple, num documento, elaborado a título de testamento para a Empresa (ele sabia que, em breve, a teria de abandonar, dado o cancro do pâncreas), ele recomendava uma reinvenção urgente das organizações de saúde. A saúde, a par do ensino, deveria ser pensada, em termos organizacionais, como o verdadeiro tesouro que determina o futuro da Humanidade. A saúde e o ensino seriam, desse modo, as futuras áreas de investimento prioritário da Apple, pelo que essa reinvenção, segundo S. Jobs4, passaria, necessariamente, pelo investimento massivo em ativos intangíveis, mais do que nos tangíveis. Trata-se, pois, escrever acerca da qualificação dos ativos intangíveis e da tentativa da sua quantificação, aplicadas ao caso de uma empresa da área da saúde neurológica.

Palavras-chave: Neurociências, Reabilitação neurológica, Ativos intangíveis, Gestão estratégica de recursos humanos, Adhocracia

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Aâmoum, H. (2007). La mesure du capital immatériel dans la littérature comptable et financière. Revue Internationale du Chercheur Volume 1: Numéro 2, Hosting by Copernicus International Index, p. 137-154. DOI: https://doi.org/10.5281/zenodo.3866271

Aâmoum, H. e El Kadiri, A. (2020). La mesure du capital immatériel dans la littérature comptable et financière. Revue Internationale du Chercheur Volume1, Numéro 2, p: 137 – 154. DOI: https://doi.org/10.5281/zenodo.3866271

Acemoglu, D. (2009). Introduction to modern economic growth. Princeton University Press.

Barney, J. (1991). Firm Resources and Sustained Competitive Advantage. Journal of Management, 17, 99-120. DOI:10.1177/014920639101700108

Bardinet-Evraert, F. (2019). Capital intellectuel, gouvernance et facteurs institutionnels: variations autour des PME et entreprises de taille intermédiaire. Poitier: Éditions EMS.

Corrado, C., A. e Hulten, Ch. R. (2010). Measuring Intangible Capital: How Do You Measure a “Technological Revolution”? American Economic Review: Papers & Proceedings 100, (May), p. 99–104.

Edvinsson, L., e Malone, M S. (1991). Intellectual capital: Realizing your company's true value by finding its hidden roots. New York: Harper Business.

Hatchuel, A., Le Masson, P. e Weil, B. (2006). Les processus d'innovation: conception innovante et croissance des entreprises. Paris : Hermès, Science Publications.

Jansen, J. J. P., Kostopoulos, K. C., Mihalache, O. R., & Papalexandris, A. (2016). A Socio-Psychological Perspective on Team Ambidexterity : The Contingency Role of Supportive Leadership Behaviours. Journal of Management Studies, 53(6), 939-965. DOI: https://doi.org/10.1111/joms.12183

Le Masson, P., Hatchuel, A., et Weil, B. (2021). “La destruction créatrice en débat - les enseignements des sciences de gestion sur la génération de transitions créatives.” Sociétal, 2ème trimestre 2021, pp. 24-35.

Lévy, P. (2005). Collective Intelligence, a Civilisation: Towards a Method of Positive Interpretation. International Journal of Politics, Culture, and Society, Vol. 18, N.º 3-4, p. 189-198. DOI: https://www.jstor.org/stable/20059682

Lopes, A. (2012). Fundamentos de Gestão de Pessoas. Lisboa: Edições Sílabo.

Lopes, A. (2016a). Cultura de Qualidade e Eficácia Durável: o Primado da Gestão de Pessoas. Gestão e Desenvolvimento, 24, p.3-45.

Lopes, A. (2016b). Liderança da Cultura e o Problema da Eficácia Organizacional em Portugal. In Valorizar a Tradição – Orações de Sapiência no ISCSP; Lisboa: Edições de Aniversário.

Moscovici, S. (1976). Social influence and social change. London: Academic Press.

Mintzberg, H. e Glouberman, S. (2002). Gérer les soins de santé et le traitement de la maladie. Gestion HEC Montréal, 27, mars, p. 12-22. DOI: https://doi.org/10.3917/riges.273.0012

Mintzberg, H. (2015). Rebalancing society: radical renewal beyond left, right and center. Oakland: Berrett-Koehler Publishers.

Neumeier, M. (2003): The brand gap - How to bridge the distance between business strategy and design. Indianapolis: New Riders Publishing.

Pitcher, P. e Mintzberg, H. (1996). Artistes, artisans et technocrates: l'élite qu'on mérite? Paris: Village Mondial.

Robbins, D. (1996) Evidence on Trade and Wages in the Developing World. OECD Technical Papers NO. 119.

Rostand, A. (2023). L'économie, science barbare (?): plaidoyer en faveur d’une approche intégrale de l’investissement. Paris: Éditions Boleine.

Sánchez, A., J., M., Melián, A., G. e Hormiga, E., E. (2007).

El Concepto de Capital Intelectual y Sus Dimensiones. Investigaciones Europeas de Dirección y Economía de la Empresa,V. 13, Nº 2: 97-111.

Senge, P., Kleiner, A., Ross, R., Roberts, Ch., Roth, G. e Bryan, S. (2004). A Dança das Mudanças. São Paulo: Editora Campus.

Senge, P. M. (2014). A quinta disciplina A arte e a prática da organização que aprende (26. ed.). Rio de Janeiro: BestSeller.

Spencer H. J. (2021). Review/Essay of Small Is Beautiful: Economics As If People Mattered by E. F. Schumacher (1973). Economics. April, p.1-16. DOI: https://www.researchgate.net/publication/350873842

Sullivan, P. H. (2000). Value-driven intellectual capital: How to convert intangible corporate assets into market value. New York: Wiley.

Varma, R. (2003). E. F. Schumacher: Changing the Paradigm of Bigger Is Better. Bulletin of Science, Technology & Society, Vol. 23, No. X, p. 1-11. DOI: DOI: 10.1177/0270467603251313

Zarb, K. B., Robertie, C. D. L., & Zouaoui, S. K. (2019). Leadership ambidextre : Résultats d’une étude qualitative exploratoire. @GRH, n° 30(1), 105-136. DOI:10.3917/grh.191.0105

Weick, K. E (1998). Improvisation as a mindset for organizational analysis. Organization Science, Vol. 9, No. 5, pp. 543-555. DOI: https://www.jstor.org/stable/2640292