As condições de trabalho e o stress ocupacional de profissionais de saúde durante a COVID-19

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Diana Sousa
https://orcid.org/0000-0002-7800-4410
Filipa Sobral
https://orcid.org/0000-0002-8621-2738
Catarina Morais
https://orcid.org/0000-0002-9881-3514

Resumo

Em março de 2020, a Organização Mundial de Saúde declarou a COVID-19 como pandemia. O seu surgimento e propagação contribuiu para aumentar os desafios existentes no quotidiano dos profissionais de saúde, impelindo o desenvolvimento de uma parceria entre o Serviço Nacional de Saúde e Privados para prestar uma resposta otimizada ao tratamento da doença, em Portugal. O stress ocupacional, traduzido no medo e preocupação de ser infetado e infetar, devido às jornadas laborais extensas e falta de materiais e recursos no combate ao vírus, leva a presente investigação a ter como objetivo a análise da perceção das condições de trabalho e dos níveis de stress ocupacional percecionados pelos profissionais de saúde nos contextos hospitalares público e privado durante a pandemia. Tratou-se de um estudo quantitativo e transversal, composto por um total de 97 profissionais de saúde do setor público e privado. Os resultados revelaram que, apesar da média dos valores de sobrecarga horária entre setores ser semelhante, os profissionais de saúde trabalharam significativamente mais horas do que as estipuladas/previstas. De igual modo, o nível de stress ocupacional entre os profissionais dos diferentes contextos foi similar. Por fim, aferiu-se que as condições físicas e materiais de trabalho são preditoras de stress ocupacional, ao invés da sobrecarga horária. Este estudo demonstra que é importante que as instituições de saúde, sejam elas públicas ou privadas, disponibilizem aos seus trabalhadores as melhores condições de trabalho físicas e materiais possíveis, sobretudo face às exigências de um contexto pandémico.

Palavras-chave: Profissionais de saúde, Setor público, Setor privado, Pandemia

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