A comunicação não-verbal entre professores de educação especial e pais de crianças/jovens com necessidades educativas especiais
Main Article Content
Resumo
O presente estudo tem por objetivo conhecer o papel que a comunicação não-verbal (CNV) desempenha na comunicação interpessoal entre o professor de educação especial e os pais de crianças/jovens com Necessidades Educativas Especiais (NEE). Relativamente ao estudo empírico selecionámos, de forma aleatória, vinte professores de educação especial do concelho de Viseu. O instrumento aplicado para a recolha de dados foi um questionário que elaboramos a partir da revisão da literatura. A análise dos resultados permitiu clarificar que o papel da CNV é de importância capital, pois fornece ao professor de educação especial inúmeras informações que os pais de crianças/jovens com NEE têm, por vezes, receio em verbalizar. Por outro lado, da parte do professor de educação especial existe a perceção que a utilização desta ferramenta potencia a criação de um ambiente de confiança e empatia, devolvendo a estes pais um sentimento de autonomia, competência e dignidade. Nesta conformidade, a CNV pode contribuir para um melhor relacionamento interpessoal entre o professor de educação especial e os pais de crianças/jovens com NEE.
Downloads
Referências
Afonso, N. (2005). Investigação Naturalista em Educação – Um Guia Prático Prático e Crítico. Porto: ASA Editores, S.A.
Alarcão, M. (2000). (Des) Equilíbrios Familiares. Coimbra: Quarteto Editora.
Almeida, J. (2008). Dimensões Comunicativas no Ensino de Línguas. (5ª Ed.). Campinas: Pontes Editores.
Alves, M. (2009). Intervenção Precoce e Educação Especial. Práticas de Intervenção Centradas na Família. Viseu: Psico & Soma.
Ambadar, Z., Cohn, J., & Reed, L. (2009). All Smiles are Created Equal: Morphology and Timing of Smiles Perceived as Amused, Polite, and Embarrassed/Nervous. Journal of Nonverbal Communication, 33(1), 17-34. https://doi.org/10.1007/s10919-008-0059-5
Antunes, C. (2003). Relações Interpessoais e Autoestima. Petrópolis: Vozes.
Axtell, R. (2007). Essential Do's and Taboos: The complete Guide to International Business and Leisure Travel. New York: Wiley.
Bardin, L. (2011). Análise de Conteúdo. 4.ª Ed. Lisboa: Edições 70.
Burgoon, J., Guerrero, L., & Floyd, K. (2010). Nonverbal Communication. (2nd Ed.). Boston: Allyn & Bacon.
Correia, L. (2003). O sistema Educativo Português e as Necessidades Educativas Especiais ou Quando a Inclusão quer Dizer Exclusão. In L. Correia (Org.), Educação Especial e Inclusão: Quem Disser que Uma Sobrevive sem a Outra Não Está no seu Perfeito Juízo (pp.11-39). Porto: Porto Editora.
Correia, L. (2008). Inclusão e Necessidades Educativas Especiais. Um Guia para Educadores e Professores. Porto: Porto Editora.
Cruz, O. (2005). Parentalidade. Coimbra: Edições Quarteto.
Damásio, A. (2010). O Livro da Consciência: A Construção do Cérebro Consciente. Maia: Círculo de Leitores.
Davis, F. (1979). A Comunicação Não-Verbal. São Paulo: Summus Editorial.
Dias, M. (2009). O Vocabulário do Desenho de Investigação – A Lógica do Processo em Ciências Sociais. Viseu: Psico & Soma.
Dortier, J. (2001). Le langage: Nature, Histoire et Usage: Les Théories Linguistiques, Les Débats, les Origines, les Enjeux. Paris: Éditions Sciences Humaines.
Driver, J. (2010). Como Observar as Pessoas – Dizemos Mais do que Pensamos. Um plano para Conseguir Tudo o que Quer com a Nova Linguagem Corporal. Lisboa: Editorial Bizâncio.
Dunst, C., & Dempsey, I. (2007). Family/ Professional Partnerships and Parenting Competence, Confidence and Enjoyment. International Journal of Disability, Development and Education, 54, 305-318. https://doi.org/10.1080/10349120701488772
Fritzen, J. (1987). Relações Humanas Interpessoais. Petrópolis, RJ: Vozes.
Gabin, F., & Dortier, J. (2008). La Communication. État des Savoirs. (3e éd. Actualisée). Paris : Éditions Sciences humaines. Consultado a 11/02/12 em http://communication.revues.org/index1923.html#tocto1n2
Goleman, D. (2010). Inteligência Emocional. (15ª Ed.). Lisboa: Círculo de Leitores.
Goman, C. (2010). A Vantagem Não-Verbal. Petrópolis: Editora Vozes.
Gronita, J., Pimentel, J., Matos, C., Bernardo, A., & Marques, J. (2009). Os Nossos Filhos são Diferentes: Como Podem os Pais Lidar Com Uma Criança Com Deficiência. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. Consultado a 11/02/12 em http://www.gulbenkian.pt/media/files/fundacao/programas/PG%20Desenvolvimento%20Humano/pdf/Os_nossos_filhos_s__o..._diferentes.pdf
Hall, E. (1986). A Dimensão Oculta. Lisboa: Relógio d’Água.
Ivy, D., & Wahl, S. (2009). The Nonverbal Self: Communication for a Lifetime. Boston: Allyn & Bacon.
Knapp, M., & Hall, J. (2007). Nonverbal Communication in Human Interaction. (7th Ed.). Boston: Wadsworth/ Cengage.
Leathers, D., & Eaves, M. (2008). Successful Nonverbal Communication: Principles and Applications (4th Ed.). Boston: Allyn & Bacon.
Leitão, M. (2007). Inclusão de Alunos com Necessidades Educativas Especiais. Tese de doutoramento não publicada. Universidade dos Açores.
Magalhães, A. (2011). O Código de Ekman: o Cérebro, a Face e a Emoção. Porto: Edições Universidade Fernando Pessoa.
Manusov, V., & Patterson, M. (2005). The Sage Handbook of Nonverbal Communication. Thousand Oaks, CA: Sage Publications.
Marques, M. (2000). O Partenariado na Escola. Lisboa: Instituto de Inovação.
McWilliam, P. (2003). Estratégias Práticas para a Intervenção Precoce Centrada na Família. Porto: Porto Editora.
Moore, N., Hickson, M., & Sacks, D. (2010). Nonverbal Communication: Studies and Applications. (5th Ed.). New York: Oxford University Press.
Mucchielli, A. (2009). Influencer, Persuader, Motiver: De Nouvelles Techniques. Paris : Armand Colin.
Pereira, A., & Serrano, A. (2010). Abordagem Centrada na Família em Intervenção Precoce: Perspetiva Histórica, Concetual e Empírica. Diversidades, 4-11.
Pereira, F. (2002). Caminhos e Processos com Alguns Sucessos. Oliveira de Frades: ASSOL.
Pimentel, J. (2005). Intervenção Focada na Família: Desejo ou Realidade - Perceções de Pais e Profissionais sobre as Práticas de Apoio Precoce a Crianças com Necessidades Educativas Especiais e suas Famílias. Lisboa: Secretariado Nacional para a Reabilitação e Integração da Pessoa com Deficiência.
Quivy, R., & Campenhoudt, L. (2003). Manual de Investigação em Ciências Sociais (3ª Ed.). Lisboa: Gradiva.
Richmond, V., MaCroskey, J., & Hickson, M. (2011). Nonverbal Communication. Nonverbal Behaviour in Interpersonal Relations. (7th Ed.). Boston: Allyn & Bacon.
Rodrigues, D. (2006). Notas sobre Investigação em Educação Inclusiva. In D. Rodrigues (Ed.), Investigação em Educação Inclusiva (pp.11-16). Lisboa: Faculdade de Motricidade Humana.
Rodrigues, D. (2011). O Paradigma da Educação Inclusiva: Reflexões sobre uma Agenda Possível. Revista Inclusão, 1, 7-13.
Serrano, A., & Correia, L. (2003). Parcerias Pais-Profissionais na Educação da Criança com NEE. In Correia, L., Inclusão e Necessidades Educativas Especiais: Um Guia para Educadores e Professores (pp. 61-66). Porto: Porto Editora.
Sousa, F. (2005). A Participação dos Pais na Escola. Revista Sonhar, 1 (1), 75-97.
Tuckman, B. (2002). Manual de Investigação em Educação – Como Conceber e Realizar o Processo de Investigação em Educação. 2.ª Ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian.
Vaz Freixo, M. (2011). Metodologia Científica: Fundamentos, Métodos e Técnicas. 3.ª Ed. Lisboa: Instituto Piaget.
Watzlawick, P., Beavin, & J. Jackson, D. (2007). Pragmática da Comunicação Humana. 16ª Ed. São Paulo: Editora Cultrix.