Motivações para adoção de Business Analytics

Main Article Content

Joana Fernandes
https://orcid.org/0000-0003-4227-0423
António Andrade
https://orcid.org/0000-0001-8096-4720

Resumo

Ainda que as novas formas de gestão já valorizem a adoção de ferramentas e algoritmos de análise de base de dados, estando, por sua vez, cada vez mais predispostas a utilizar análises em tempo real e preditivas, existe ainda alguma relutância por parte das gerações mais conservadoras para a sua adoção (Arasteh, Aliahmadi, Mahmoodi, & Mohammadpour, 2011; Chen, Chiang, & Storey, 2012). Por conseguinte, o propósito da investigação será identificar as motivações para a adoção do Business Analytics em Portugal. Para este efeito foi realizado um estudo exploratório tendo como base o modelo desenvolvido por Venkatesh, Thong, & Xu, (2012) a: Unified Theory of Acceptance and Use of Technology (UTAUT). O processo de recolha de dados foi realizado através de um inquérito por questionário online, cujo público alvo foi a população portuguesa. O total de respostas obtido foi de 102, sendo que sendo que 47,8% dos inquiridos se identificam como indivíduos do sexo Masculino e 52,2% como sendo do sexo Feminino. A análise de dados foi dividida em duas partes, numa primeira fase procurou-se identificar os determinantes de aceitação já pré identificados pela UTAUT, através de uma análise por componentes principais. Neste sentido, foi possível identificar quatro determinantes de aceitação: a Expectativa de Desempenho, a Expectativa de Esforço, as Condições Facilitadoras e a Intenção Comportamental. Na segunda parte procurou-se, através da utilização de modelo de regressão clássica, analisar as motivações na base da adoção do Business Analytics para cada um dos determinantes. A análise permitiu ainda concluir, que a adoção é fortemente influenciada pela posição hierárquica. Ademais, concluiu-se, ainda, que o preço e a expectativa do retorno do investimento não foram considerados os maiores impeditivos na adoção do Business Analytics. No entanto, verificou-se que o não conhecimento do conceito de inteligência artificial é um dos principais condicionantes à adoção.

Palavras-chave: Business Analytics, Business Intelligence, UTAUT

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Acito, F., & Khatri, V. (2014). Business analytics: Why now and what next? Business Horizons, 57(5), 565–570. https://doi.org/10.1016/j.bushor.2014.06.001

Amaral, L. (1994). PRAXIS: um referencial para o planeamento de sistemas de informação. Retrieved from http://hdl.handle.net/1822/49

Appelbaum, D., Kogan, A., Vasarhelyi, M., & Yan, Z. (2017). Impact of business analytics and enterprise systems on managerial accounting. International Journal of Accounting Information Systems, 25, 29–44. https://doi.org/10.1016/j.accinf.2017.03.003

Arasteh, A., Aliahmadi, A., Mahmoodi, H. S., & Mohammadpour, M. O. (2011). Role of information technology in business revolution. The International Journal of Advanced Manufacturing Technology, 53(1), 411–420. https://doi.org/10.1007/s00170-010-2834-9

Chen, Chiang, & Storey. (2012). Business Intelligence and Analytics: From Big Data to Big Impact. MIS Quarterly, 36(4), 1165. https://doi.org/10.2307/41703503

Cokins, G. (2013). Top 7 trends in management accounting. Strategic Finance, 95(6), 21–30.

Coming of Age Digitally: Learning, Leadership and Legacy | Deloitte Insights. (2018). Retrieved February 27, 2019, from https://www2.deloitte.com/insights/us/en/focus/digital-maturity/coming-of-age-digitally-learning-leadership-legacy.html

Cooper, A. (2012). What is Analytics? Definition and Essential Characteristics.

Cordeiro, S., & Gouveia, L. B. (2018). Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD): o novo pesadelo das empresas? [Report]. Retrieved from *TRS Tecnologia, Redes e Computadores website: http://hdl.handle.net/10284/6714

Delen, D. (2014). Real-World Data Mining: Applied Business Analytics and Decision Making - Dursun Delen - Google Livros. Retrieved February 27, 2019, from https://books.google.pt/books?hl=pt-PT&lr=&id=O_nbBQAAQBAJ&oi=fnd&pg=PR6&dq=22.%09Delen,+D.+(2014).+Real-world+data+mining:+applied+business+analytics+and+decision+making.+FT+Press.&ots=McFdnnu-RZ&sig=CT8-rkq6rDTxAXSv2fT32xjCFbI&redir_esc=y#v=onepage&q=22.%09Delen%2C%20D.%20(2014).%20Real-world%20data%20mining%3A%20applied%20business%20analytics%20and%20decision%20making.%20FT%20Press.&f=false

Erffmeyer, R. C., & Johnson, D. A. (2001). An exploratory study of sales force automation practices: expectations and realities. Journal of Personal Selling & Sales Management, 21(2), 167–175.

Ferreira, S. A., & Andrade, A. (2013). Desenhar e implementar um sistema de learning analytics no ensino superior. Gestão e Desenvolvimento, 21, 123–146.

Ford, M. (2015). Rise of the Robots: Technology and the Threat of a Jobless Future. Basic Books.

Ghosh, A., Gajar, P. K., & Rai, S. (2013). Bring Your Own Device (BYOD): Security Risks and Mitigating Strategies. Journal of Global Research in Computer Science, 4(4), 62–70.

Jarrahi, M. H. (2018). Artificial Intelligence and the Future of Work.

Kaye, D. (1995). Sources of information, formal and informal. Management Decision, 33(5), 13–15. https://doi.org/10.1108/eum0000000003898

Lindgreen, A., Hingley, M. K., Grant, D. B., & Morgan, R. E. (2012). Value in business and industrial marketing: Past, present, and future. Industrial Marketing Management, 41(1), 207–214. https://doi.org/10.1016/j.indmarman.2011.11.025

McAfee, A., Brynjolfsson, E., Davenport, T. H., Patil, D. J., & Barton, D. (2012). Big data: the management revolution. Harvard Business Review, 90(10), 60–68.

Mendoza, L. E., Marius, A., Pérez, M., & Grimán, A. C. (2007). Critical success factors for a customer relationship management strategy. Information and Software Technology, 49(8), 913–945. https://doi.org/10.1016/j.infsof.2006.10.003

Mesquita, V., Faria, J., Gonçalves, D., & Varajão, J. (2013). Motivations for the adption of ERP and CRM systems: a comparative analysis. 10th International Conference on Information Systems and Technology Management–CONTECSI, 1291–1301. Tecsi.

Passos, C. (2017). A ética–como motor da inovação empresarial e da sustentabilidade organizacional. Gestão e Desenvolvimento, 25, 55–73. https://doi.org/10.7559/gestaoedesenvolvimento.2017.346

Payne, A., & Frow, P. (2006). Customer relationship management: from strategy to implementation. Journal of Marketing Management, 22(1–2), 135–168. https://doi.org/10.1362/026725706776022272

Ransbotham, S., & Kiron, D. (2017). Analytics as a Source of Business Innovation. 19.

Rascao, J. P. (2006). Da Gestão Estratégica à Gestão Estratégica da Informação: Como aumentar o tempo disponível para a tomada de decisão estratégica. Editora E-papers.

Riccio, E. L. (1992). Uma contribuição ao estudo da contabilidade como sistema de informação (Text, Universidade de São Paulo). https://doi.org/10.11606/T.12.1992.tde-19012009-121736

Santos, M. Y., & Ramos, I. (2006). Como tornar o seu negócio realmente competitivo: desafios tecnológicos e de gestão.

Shuai, J. J., Yi- Fen Sue, & Chyan Yang. (2007). The impact of ERP implementation on corporate supply chain performance. 2007 IEEE International Conference on Industrial Engineering and Engineering Management, 1644–1648. https://doi.org/10.1109/IEEM.2007.4419471

Venkatesh, V., Thong, J. Y. L., & Xu, X. (2012). Consumer Acceptance and Use of Information Technology: Extending the Unified Theory of Acceptance and Use of Technology (SSRN Scholarly Paper No. ID 2002388). Retrieved from Social Science Research Network website: https://papers.ssrn.com/abstract=2002388