Do homem organizacional à organização humana: as bases psicológicas da competitividade através das pessoas

Main Article Content

Miguel Pina e Cunha

Resumo

Este artigo desenvolve-se em torno da ideia de que a obtenção de vantagem competitiva, através das pessoas, implica uma gestão de recursos humanos fundada em filosofias de gestão de pessoal capazes de potenciar as capacidades individuais. Tais filosofias obrigam, por sua vez, ao reconhecimento das bases psicológicas do comportamento organizacional. Nesse sentido, este artigo procura: a) realçar a importância e a actualidade do trabalho de autores clássicos como Herzberg, McGregor e Argyris; b) destacar a importância de relações de trabalho cooperativas em vez de adversativas; e e) discutir a potencial contribuição de toda uma constelação de técnicas de gestão de recursos humanos, para a obtenção de vantagem competitiva sustentada através das pessoas.

Palavras-chave: Competitividade

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ABRAHAMSON, E. (1996), "Management fashion". Academy of Management Review, 21, 254-285.

BARLEY, S. R. & KUNDA, G. (1992), "Design and devotion: Surges of rational and normative ideologies of control in managerial discourse", Admninistrative Science Quarterly, 37, 363-399.

BARTLETT, C. A. & Ghoshal, S. (1994), "Changing the role of top management: beyond strategy to purpose", Harvard Business Review, November-December, 79-88.

BARTLETT, C. A. & Ghoshal, S. (1995), "Changing the role of top management: beyond systems to people", Harvard Business Review, May-June, 132-142.

CALDEIRA, P. Z. (1996), "Modelos mentais do estratega", in C. A. Marques & M. P. Cunha (Eds.), Determinantes da gestão e relação com o mercado (pp.81-!09), Lisboa, Dom Quixote.

CORREIA, M. F. (1995), "Tecnologias avançadas de produção e gestão das pessoas", Comportamento Organizacional e Gestão, 1, 265-284.

CUNHA, M. P. (1996), Recursos humanos e inovação organizacional: Para uma gestão focalizada no mercado (Manuscrito não publicado).

D' AVENI, R. A. (1994), Hypercompetition, New York, Free Press.

EISENHARDT, K. M. (1989), "Making fast strategic decisions in high velocity environments", Academy of Management Journal, 32, 543-576.

GHOSHAL, S. & BARTLETT, C. A. (1995), "Changing the role of top management: beyond structure to process", Harvard Business Review, January-February, 86-96.

GHOSHAL, S. & MORAN, P. (1996), "Bad for practice: A critique of the transaction cost theory", Academy of Management Review, 21, 13-47.

GOMES, J. F. (1996), "Estruturas para a informação: tecnologias de informação, sistemas de informação e design organizacional", in C. A. Marques & M. P. Cunha (Eds.), Determinantes da gestão e relação com o mercado (pp.159-191), Lisboa, Dom Quixote.

GOULD, S. J. (1993), Eight little piggies, Edição portuguesa: Os oito porquinhos, Mem-Martins-Europa-América, 1996.

HACKMAN, J. R. & OLDHAM, G. R. (1980), Work redesign, New York: Addison-Wesley.

HERZBERG, F. (1996), "A teoria motivação-higiene", in C. A. Marques & M. P. Cunha (Ecls.), Comportamento organizacional e gestão de empresas (pp. 43-65), Lisboa, Dom Quixote.

HODGETIS, R. M. & GREENWOOD, R. (1997), "Frederick Taylor: Vivo e bem preparado para o séc. XXI", Comportamento Organizacional e Gestão, 3, 213-225.

HUSELID, M. A. (1995), "The impact of human resource management practices on turnover, productivity, and corporate financial performance", Academy of Management Journal, 38, 635-672.

KANTER, R. M. (1986), "The new workforce meets the changing workplace: strains, dilemmas, and contradictions in attempts to implement participative and entrepreneurial management", Human Resource Management, Winter, 515-537.

KOHN, A. (1993), "Why incentive plans cannot work". Harvard Business Review, September-October, 54-63.

LOCKE, E. A. & LATHAM, G. P. ( 1990), A theory of goal setting and task performance, Englewood- Cliffs, Prentice-Hall.

MARQUES, C. A. (1995), "Impactos da gestão de pessoal no management", Comportamento Organizacional e Gestão, 1, 11-20.

MARQUES, C. A. & CUNHA, M. P. (1995), A gestão de pessoal como factor-chave para a qualidade de serviço (relatório de investigação A-001), Oeiras, Metáfora.

McGREGOR, D. (1960), The human side of enterprise (Edição brasileira: O lado humano da empresa, São Paulo, Martins Fontes, 1980).

MINER, J. B. (1984), "The validity and usefulness of theories in an emerging organizational science", Academy of Management Review, 9, 296-306.

NONAKA, 1. (1991), "The knowledge-creating company", Harvard Business Review, November-December, 96-104.

OVIA TI, B. M. & McDOUGALL, P. P. (1995), "Global start-ups: entrepreneurs on a worldwide stage", Academy of Management Executive, 9, 2, 30-44.

PFEFFER, J. (1994), Competitive advantage through people, Boston, Harvard Business School Press.

PORTER, M. E. (1985), Competitive advantage, New York, Free Press.

PORTER, M. E. (1994), Construir as vantagens competitivas de Portugal, Lisboa, Forum para a competitividade.

RIBEIRO, R. B. (1996), "Selecção de pessoal: Métodos e aplicações", in C. A. Marques & M. P. Cunha (Eds.), Comportamento organizacional e gestão de empresas (pp. 93-115), Lisboa, Dom Quixote.

RYAN, R. M., MIMS, V. & KOESTNER, R. (1983), "Relation of reward contigency and interpersonal context to intrinsic motivation: a review and test using cognitive evaluation theory", Journal of Personality and Social Psychology, 45, 736-750.

SENGE, P. (1990), "The leader's new work: building learning organizations", Sloan Management Review, Fali, 7-23.

SHRIV ASTA V A, P. & MITROFF, 1. 1. (1984); "Enhancing organizational research utilization: the role of decision makers' assumptions", Academy of Management Review, 9, 18-26.

STACEY, R. D. (1996), "Criatividade nas organizações. A importância da desordem", Comportamento Organizacional e Gestão, 2, 5-23.

TAILLIEU, T. C. B. (1996), "Algumas tendências em organização e gestão", in C. A. Marques & M. P. Cunha (Eds.), Determinantes da gestão e relação com o mercado (pp.325-388), Lisboa, Dom Quixote.

TAYLOR, F. W. (1911), The principies of scientific management, New York, W. W. Norton.

TJOSVOLD, D. (1984), "Cooperation theory and organizations", Human Relations, 37, 743-767.

TRIST, E. L. (1981), ''The sociotechnical perspective", in A. H. Van de Ven & W. F. Joyce (Eds.), Perspectives on organization design and behavior (pp.19-75), New York, John Wiley & Sons.

VANSINA, L. & TAILLIEU, T. (1996), "Reengenharia do processo de negócio ou desenho de sistemas sociotécnicos em roupas novas", Comportamento Organizacional e Gestão, 2, 63-82.

WILLIAMSON, O. E. & OUCHI, W. G. (1981), "The markets and hierarchies program of research", in A. H. Van de Ven & W. F. Joyce (Eds.), Perspectives on organization design and behavior (pp.347-370), New York, Wiley.

ZALD, M. N. (1993), "Organization studies as a scientific and humanistic enterprise: toward a reconceptualization of the foundations of the field", Organization Science, 4, 4, 513-528.