Supervisão, conhecimento e melhoria – uma triangulação transformativa nas escolas?

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Maria do Céu Roldão

Resumo

O conceito de supervisão tem-se constituído como um catalisador de controvérsia no campo da educação, na medida em que é atravessado por um conjunto de leituras teóricas e perspetivas práxicas que o podem remeter, no plano da atividade profissional em geral, e particularmente na dos professores, para significados e usos muito diversos. A análise que adiante se desenvolve parte do pressuposto de que a atividade profissional de ensinar requer um conhecimento específico bem diferenciado (Roldão, 2007; Montero, 2005) que sustente e legitime a qualidade do desempenho. O olhar analítico que se apresenta visa debater o lugar ou lugares da supervisão nesse processo como contributo eficaz para a qualidade do ensino que cada professor desenvolve. Importa assim analisar algumas vertentes da multissignificância do conceito nos seus quadros teóricos de referência (Mosher e Purpel, 1972; Alarcão e Tavares, 2003; Alarcão e Roldão, 2008; Vieira, 2006); por outro lado, importa desvelar que leituras da função supervisiva se constituíram como dominantes na cultura dos professores, das escolas e do sistema, particularmente no caso português. Importa ainda compreender como e porquê a supervisão é ou não mobilizada como dispositivo de construção de conhecimento profissional e em que circunstâncias e contextos, argumentando-se em favor das suas potencialidades transformativas, que podem configurar uma melhoria sustentada, ou uma inovação instituinte (Sá-Chaves, 2002).

Palavras-chave: Supervisão, Ensino, Conhecimento profissional, Melhoria da escola, Desenvolvimento profissional

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