Modelo de avaliação externa das escolas: para além do espelho

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José Matias Alves
https://orcid.org/0000-0002-9490-9957
Ilídia Vieira
João Veiga
Joaquim Machado
José Pedro Amorim
https://orcid.org/0000-0002-5576-1312

Resumo

O presente artigo decorre da avaliação externa realizada pelo Serviço de Apoio à Melhoria das Escolas (SAME) da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa ao Colégio Efanor no ano letivo de 2011-12 e tem como principal objetivo a explicitação do modelo de avaliação adotado e dos procedimentos metodológicos desenvolvidos nas diversas fases deste processo. O Colégio Efanor situa-se na freguesia da Senhora da Hora, em Matosinhos, e começou a funcionar no ano letivo de 2008-09. Em 2011-12 encontravam-se a frequentar o Colégio 260 crianças e alunos, distribuídas pela Educação Pré-escolar (110), pelo 1.º Ciclo do Ensino Básico (132) e pelo 2.º Ciclo do Ensino Básico (18). No mesmo ano letivo o corpo docente do Colégio era constituído por sete educadoras de infância, oito professores do 1.º CEB, nove professores do 2.º CEB e catorze professores do currículo local. O referencial adotado baseou-se no trabalho conceptual e empírico realizado por Daniel Stufflebeam e no modelo CIPP (Context, Input, Process and Product) de avaliação, tendo-se recorrido a uma metodologia compósita, participada, rigorosa e colocada ao serviço da promoção da melhoria dos processos e resultados. Foram usados diversos métodos que permitiram triangular e validar os resultados obtidos, nomeadamente: análise de conteúdo com recurso ao programa NVivo, entrevistas semiestruturadas, observação de atividades pedagógicas, observação de aulas em todos os anos de escolaridade, realização de painéis semiestruturados com representantes de todos os grupos pertencentes à comunidade educativa e inquéritos por questionário. Os resultados obtidos foram considerados muito valiosos por todos os stakeholders, nomeadamente direção, administração, coordenadores de ciclo de ensino, professores e associação de pais, uma vez que a avaliação funcionou não apenas na lógica de espelho, mas numa lógica de implicação, mobilização e compromisso para uma renovação da ação educativa.

Palavras-chave: Modelo de avaliação externa, Participação, Autorreflexão, Implicação, Melhoria

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