Professores e contextos de trabalho: traços da ação docente na transição para um novo modelo de gestão

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Ana Maria Raposo
José Matias Alves
https://orcid.org/0000-0002-9490-9957

Resumo

Tomando como referência quatro culturas profissionais, procurámos compreender como se tece a ação docente num departamento de línguas de uma escola pública. Optámos por uma metodologia centrada num estudo de caso, numa abordagem naturalista, essencialmente qualitativa. Procurámos, no espaço de reflexão conjunta de um grupo de focalização, investigar como trabalham os professores, o que pensam sobre a cultura de escola e o impacto que esta exerce nos seus contextos de trabalho. Para obtermos diferentes visões da realidade estudada, entrevistámos as lideranças intermédias e a equipa de gestão e procedemos à triangulação dos dados obtidos. Constatámos que as pressões da performatividade não estão a produzir melhorias visíveis na qualidade dos processos e resultados do ensino. O individualismo e a balcanização intensificam-se, enquanto a colaboração e a colegialidade decretada são (re)interpretadas pelos professores, num esforço de adequação aos novos cenários da escola. Concluímos que a mudança só será eficaz se implicar os atores em processos colaborativos espontâneos, capazes de reforçar a criatividade e a identidade profissional dos professores.

Palavras-chave: Culturas profissionais, Cultura de escola, Performatividade, Identidade, Profissional, Mal-estar docente

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